Ricos mais ricos e pobres mais pobres

A pandemia não pode nem deve capturar a resolução da pobreza.

Vivemos há décadas numa pobreza estrutural , sendo inaceitável não se promoverem políticas para que o flagelo\estigma da pobreza possa ser, no mínimo, remediado. O Rendimento Social de Inserção ou o Subsídio Social de Desemprego, sendo melhor que nada, é manifestamente reduzido. As políticas públicas continuam a não ir aos factores estruturais da pobreza.

Estudos referem que para se quebrar a transmissão da pobreza demora cinco décadas(!) Se cerca de 1/3 dos trabalhadores pobres trabalham e continuam pobres deve-se aos baixos salários.

O patronato sempre foi pródigo em nivelar os salários por baixo. Até para pagar um Salário Minimíssimo Nacional, o Estado deu-lhes contrapartidas... É a decadência do paradoxo!

As crianças pobres têm de ter acesso a políticas integradas e apoios efectivos e não se resolve a situação com subsídios - que são meros paliativos...

Antes da vinda do vírus, já era mau para famílias carenciadas a pandemia agudizou a situação.

Este desgoverno evoca a lei travão numa situação calamitosa de crise social, ao arrepio do presidente da República e do Parlamento, à excepção do PS, que funcionou como caixa de ressonância.

Vítor Colaço Santos