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País mais pobre da União Europeia vai hoje a votos

Boiko Borissov tem feito uma gestão desastrosa da pandemia mas ainda assim é favorito. FOTO CHRISTIAN BRUNA/EPA
Boiko Borissov tem feito uma gestão desastrosa da pandemia mas ainda assim é favorito. FOTO CHRISTIAN BRUNA/EPA

A Bulgária vai hoje a votos para eleições legislativas marcadas pela pior fase do surto da pandemia, mas com o primeiro-ministro, Boiko Borissov, confiante nas debilidades da oposição para preservar a permanência no poder.

A apenas poucos meses de eleições presidenciais, o ultraconservador Boiko Borissov, 61 anos, conta com a fragmentação da oposição para desvalorizar a abordagem do Governo face à crise sanitária, num cenário dominado pelo agravamento do surto pandémico, com os hospitais sobrelotados.

O país dos Balcãs com sete milhões de habitantes, considerado o Estado-membro mais pobre da União Europeia (UE) - a adesão registou-se em 2007 a par com a da vizinha Roménia - permanece no último lugar na vacinação e entre os que registam maior taxa de mortalidade.

Os habituais atores da cena política interna voltam a disputar o poder num cenário de crise económica grave, com destaque para os Cidadãos para um Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), o partido do primeiro-ministro, que desde 2009 venceu quase todos os escrutínios e que em junho poderá ser o chefe de Governo búlgaro há mais tempo no poder.

Ao registar pouco menos de 30% das intenções de voto, este partido conservador e de tendência populista mantém cerca de cinco pontos de vantagem face ao seu principal rival, o Partido Socialista Búlgaro (BSP), que não conseguiu beneficiar do descontentamento popular que agitou a Bulgária desde o verão de 2020 em reposta a diversos escândalos de corrupção e a uma deficiente resposta ao surto de covid-19.