Madeira

Prevenção é a melhor arma para combater a obesidade

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No Dia Mundial da Obesidade, o médico responsável pelo Núcleo de Cirurgia Bariátrica do Serviço de Saúde da RAM, António Quintal, alerta para a importância do reforço da prevenção desta doença crónica que atinge 50% da população adulta da região e origina outras doenças, entre elas a diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de cancro.

“O sedentarismo aliado ao consumo excessivo de calorias contribuíram para o aumento do número de adultos obesos das últimas décadas, mas o metabolismo e a genética são também factores determinantes para a obesidade”, referiu o médico cirurgião, reforçando que “a prevenção” é a melhor arma para combater a obesidade.

Em termos de tratamento, o SESARAM realiza três tipos de cirurgia bariátrica no combate à obesidade mórbida: o sleeve gastrectomy (redução gástrica), o bypass gástrico e o mini bypass.

A cirurgia bariátrica é um instrumento eficaz mas não definitivo no tratamento da obesidade mórbida que obriga a manter estilos de vida saudáveis após a cirurgia, sob orientação duma equipa multidisciplinar, para que a perda do excesso de peso seja mantida ao longo do tempo, idealmente, entre os 80% a 100%.

A decisão pelo tratamento da obesidade mórbida, via cirurgia, é da responsabilidade de uma equipa multidisciplinar e do doente que avalia vários critérios cirúrgicos de referência com base no índice de massa corporal e outros factores tais como comorbilidades associadas.

Estas cirurgias não têm limite de idade, mas regra geral, qualquer utente com indicação, entre os 16 e 65 anos, pode ser submetido a este tipo de cirurgia.

Estima-se que a população com obesidade mórbida, não submetida a tratamento, tenha uma esperança de vida de em média 10 anos menos do que a população normal.

No SESARAM, os doentes com obesidade mórbida são acompanhados por uma equipa multidisciplinar que conta com os médicos António Quintal, Ricardo Viveiros e Miguel Reis, apoiados pela enfermeira Elisa Xavier, pela nutricionista Paula Bettencourt e pela psicóloga Joana Lopes.