Passaporte falso

A UE incapaz de resolver o atual problema da insuficiência de vacinas contra a Covid19 para garantir a curto prazo a vacinação da maioria da população quanto mais a imunidade de grupo, vem agora com a ideia estapafúrdia de um passaporte sanitário para identificar quem já foi vacinado e permitir a sua circulação sem restrições dentro da UE. Ainda há pouco tempo tivemos em Portugal um Lar onde as utentes após serem vacinadas contra Covi19, quando sujeitas a novos testes acusaram positivo ainda que assintomáticas. O facto de alguém estar vacinado não é suficiente para o impedir de ser novamente contaminado pelo vírus ainda que o impeça de ficar doente, já que o seu organismo desenvolveu entretanto as defesas necessárias para isso, mas continuará a ser um potencial portador do vírus e por essa razão também um potencial transmissor do mesmo a quem ainda não tiver sido imunizado seja pela vacinação ou por já ter tido a doença. Em Israel o país que mais rapidamente está a vacinar a população e onde apesar disso o índice de transmissão do vírus se mantém elevado o que obriga a manter as medidas sanitárias que só poderão terminar quando for atingido o nível de vacinação que permita a imunidade grupo. O passaporte sanitário que o governo israelita instituiu é uma medida interna com o objetivo de criar um incentivo para a vacinação daqueles extratos da população que se mostram bastante renitentes à mesma e nada mais que isso. A prudência deveria aconselhar a que antes de se conseguir a imunidade de grupo nos diversos países da UE se mantenham em vigor as medidas sanitárias contra a propagação do vírus. Aos responsáveis políticos da UE cumpre a obrigação de obter as vacinas necessárias e suficientes venham dos EUA da Rússia ou da China para vacinar toda a gente no período de tempo mais curto possível e obter a imunidade de grupo, esse sim o verdadeiro passaporte para a normalidade e não um qualquer passaporte falso seja verde ou de qualquer outra cor.

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