Sem saúde mental ficamos tolhidos

Hoje o denominador comum, ao nível da saúde mental, é o medo da infecção e da morte por covid-19, sendo que a ansiedade está sempre presente. Foram vendidas em Portugal, desde que começou a pandemia, cerca de 6 milhões de embalagens de psicofármacos!

Quando estivermos mais aliviados, como é que vai ser a reaproximação das pessoas? Temos, obrigatoriamente, de regressar ao toque porque dá protecção, dá reconhecimento, dá afecto e por consequência - dá amor!

É isto que está em causa. Agora, para quem está a nascer, o continuado toque nos recém-nascidos é determinante no seu processo de crescimento!

O desenvolvimento cognitivo e intelectual está ávido desse mesmo toque.

A saúde mental tem de ser considerada e não continuar a manter-se como o parente pobre da medicina, como até aqui... Somos o 2º país da Europa com maior prevalência numa saúde mental deficiente e esta tem de ser transversal no âmbito da saúde pública.

Esta maldita pandemia também gera solidão, conferindo um estado de espírito que no limite - mata! Uma em cada 5 pessoas que tem covid-19 terá uma doença mental. Este vírus, segundo a ciência, tem uma apetência especial para afectar as células nervosas.

Urge andarmos acautelados, termos ânimo e ganharmos a batalha contra o medo! Temos de continuar a viver!

Vítor Colaço Santos

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