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Reunião entre Rio e Rangel termina sem acordo por discordâncias no pagamento de quotas

RODRIGO ANTUNES/LUSA
RODRIGO ANTUNES/LUSA

A reunião entre os dois candidatos à liderança do PSD para tentar um consenso sobre o processo eleitoral interno terminou sem acordo, por discordâncias quanto ao universo de militantes que podem votar nas diretas.

Segundo vários conselheiros nacionais e o secretário-geral do PSD, José Silvano, Rui Rio estaria disponível para aceitar a data de 27 de novembro, proposta por Paulo Rangel, mas a candidatura do eurodeputado não aceitou a proposta do atual presidente e recandidato Rui Rio para que todos os militantes ativos pudessem votar nas diretas.

Sem consenso, as propostas serão votadas pelo Conselho Nacional em alternativa.

Rui Rio propôs hoje um calendário de diretas em 20 de novembro e Congresso entre 10 e 12 de dezembro, enquanto Paulo Rangel disse apoiar uma nova proposta do eurodeputado José Manuel Fernandes para diretas em 27 de novembro, eventual segunda volta no dia 01 de dezembro, e congresso entre 03 e 05 de dezembro.

No entanto, os dois candidatos anunciados à liderança do PSD discordavam noutro ponto: Rio defendeu hoje que, para não diminuir a participação eleitoral apesar da compressão de calendários, devem votar todos os militantes ativos, ou seja, que tenham uma quota paga nos últimos dois anos (cerca de 83 mil) e não apenas os 27.000 que já regularizaram a quota de dezembro.

Já Paulo Rangel defendeu que "não se podem mudar as regras a meio" de um processo eleitoral já aberto, mantendo-se o regulamento eleitoral em vigor.

Além das duas propostas de calendários, deu ainda hoje entrada na mesa do Conselho Nacional uma proposta do histórico militante do PSD Alberto João Jardim, que propõe que "as eleições internas no Partido Social Democrata, bem como o correspondente Congresso Nacional, ocorram apenas depois da data das eleições legislativas nacionais".