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Presidente do Governo açoriano diz que prestígio da formação não depende de "varinha mágica"

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RODRIGO ANTUNES/LUSA

O presidente do Governo dos Açores considerou necessário "virar uma página de descrédito e de desconfiança para uma página de prestígio da formação", sublinhando que tal não se faz com "uma varinha mágica", mas com rumo "estratégico".

"Temos, pois, que virar uma página de descrédito e de desconfiança para uma página de prestígio da formação, confiança nos resultados dos formandos para singrarem com sucesso na sua vida pessoal, familiar e potenciar a economia, o sucesso das empresas do seu próprio empreendedorismo em benefício do desenvolvimento global dos Açores. É disso que tratamos e não estamos no exercício mesquinho de, com a varinha mágica, de um dia para o outro ter ultrapassado o menos bom para o excelente ou mesmo do mau para o bom", afirmou José Manuel Bolieiro.

O chefe do executivo açoriano de coligação PSD/CDS-PP/PPM falava, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sessão de encerramento do Fórum Regional da Qualificação Profissional.

"Nós estamos a perspetivar um pensamento estratégico, um percurso cronológico à década, porque estas mudanças não se fazem num instante", sustentou José Manuel Bolieiro, reiterando que o projeto do XIII Governo Regional definiu, entre as suas prioridades, a educação e "dar prioridade a qualificação profissional".

"Não se reclame ação para resultado imediato, mas sim pensamento estratégico para este percurso", vincou.

Segundo acrescentou, "fazer-se o caminho rumo ao sucesso, sem vacilar às primeiras contrariedades, mas pelo contrário afirmando a convicção de que o percurso é que está correto".

"Não podemos, no entanto, estar satisfeitos à data de hoje com os lugares que os Açores e os açorianos têm nestes rankings de competências humanas e de qualificação pessoal. Há muito para fazer, há muito para alcançar, há muito para corrigir, há muito para estimular", reforçou.

José Manuel Bolieiro destacou ainda a importância da realização do Fórum Regional da Qualificação Profissional, um "evento de conteúdos inestimáveis" para "uma estratégia regional", adequada "à especificidade de cada território".

"É bom que nos possamos colocar do lado dos que fazem o futuro e não dos que se limitam a querer fazer previsões do futuro. É essencial na condução da nossa existência, muito para além do viver apenas a vida, podermos preparar o futuro em vez de aguardarmos por ele ou dele apenas limitarmo-nos a previsões sobre o mesmo. E é isso que estamos aqui a fazer. E estamos por isso do lado certo da margem correta relativa a este horizonte dos desafios" para a próxima década da qualificação profissional, disse ainda na intervenção.