Coronavírus Madeira

ACIF considera que medidas do Governo são, no imediato, “impraticáveis”

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A Associação Comercial e Industrial do Funchal considera que as medidas anunciadas ontem, pelo Governo Regional da Madeira, para a contenção da pandemia, pelo menos no imediato e a muito curto prazo, são impraticáveis, uma vez que a Região não tem, neste momento, capacidade instalada para a realização da testagem massiva da população.

“Aplaudimos o facto destas medidas não recaírem novamente na atividade económica e compreendemos a necessidade de tomar diligências no sentido de se evitar a propagação do vírus, contudo, entendemos que as medidas obrigatórias supracitadas são excessivas para acesso a alguns dos estabelecimentos e locais referidos e que, em vez de uma testagem generalizada, poderiam ter sido definidos grupos prioritários”.

Entende a ACIF que uma solução possível seria, nesta fase, considerar apenas alguns grupos profissionais, designadamente aqueles cujo desempenho exige um maior contacto, tais como os profissionais de saúde, os alunos, os professores e os profissionais de turismo, posteriormente, e com base na avaliação da evolução da pandemia, equacionaríamos a inclusão de outros grupos.

“Em relação aos turistas, também verificamos que não existe obrigatoriedade de realizarem teste antigénio à entrada do aeroporto, mas depois no hotel já é exigido, o que é um contrassenso. Neste caso, proporíamos então que se proporcione esta testagem nos aeroportos de modo a evitar constrangimentos futuros”.

Para a associação, no que respeita ao impacto destas medidas na atividade económica, “acreditamos que o mesmo será tanto menor quanto mais célere for o nosso sistema de testagem, ou seja, se o sistema montado para testar toda a população estiver a decorrer sem grandes constrangimentos, acreditamos que a atividade económica não sairá prejudicada, pelo contrário, se houver pouca agilidade e ineficácia neste processo, poderá haver de facto um impacto negativo na economia”.