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Resultados empresariais continuam a levar Wall Street a níveis recorde

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A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em ligeira alta, mas o suficiente para fixar novos recordes, graças a resultados empresariais e apesar dos constrangimentos ligados às cadeias logísticas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,04%, para os 35.756,88 pontos, que bastou para estabelecer um novo máximo histórico.

Da mesma maneira, o alargado S&P500 progrediu 0,18%, para umas inéditas 4.574,79 unidades.

Já o tecnológico Nasdaq avançou 0,06%, para os 15.235,71 pontos.

Este entusiasmo bolsista resulta da combinação de resultados de empresas, que continuam a ser, no seu conjunto, "muito bons", e de uma certa melhoria do apetite pelo risco, desde meados de outubro, segundo Karl Healing, da LBBW.

Na frente dos resultados, o menu foi preenchido hoje, com vários pesos pesados de Wall Street, como UPS, GE ou 3M, a divulgarem resultados melhores do que os esperados.

"É incrível como as empresas (norte-)americanas conseguiram responder aos desafios que enfrentam", realçou Art Hogan, "seja a alta de mão-de-obra, a insuficiência de aprovisionamentos, a subida dos preços...".

O conglomerado industrial General Electric progrediu 2,03%, depois de ter divulgado um lucro acima das expectativas, graças aos negócios da área da aviação.

Pelo contrário, a Facebook sofreu hoje, ao cair 3,92%, depois de apresentar resultados dececionantes na véspera, marcados por um volume de negócios e um número de utilizadores abaixo das expectativas.

Em forte baixa, de 12%, fechou o grupo da defesa Lockheed Martin, depois de ter revisto em baixa a sua previsão de volume de negócios e publicado resultados dececionantes para os investidores, devido nomeadamente a uma baixa de vendas do avião de combate F-35.

Depois do mercado fechar, eram esperados os resultados de Microsoft, Alphabet - 'holding' da Google - e Twitter.

Na frente dos indicadores, as notícias foram encorajadoras, entre uma melhoria da confiança dos consumidores em outubro, depois de vários meses de baixa, e uma forte subida das vendas de casas novas em setembro.

Para Karl Haeling, o avanço das negociações sobre os planos de investimento do presidente norte-americano Joe Biden parece dirigir-se "para o melhor dos mundos" para os investidores.

As despesas parecem dirigir-se para os intervalos mais baixos dos valores em causa, "o que tranquiliza o mercado obrigacionista, ao apaziguar os receios quanto às repercussões destas despesas na inflação", e várias taxas propostas parecem ter sido abandonadas, observou.

Os índices aliviaram um pouco no final da sessão, o que não é surpreendente "na medida em que subiram muito desde meados de outubro", sublinhou Karl Healing.

Os rendimentos das obrigações de dívida pública a 10 anos, que têm flutuado acentuadamente nas últimas semanas, estabilizaram ligeiramente acima dos 1,60%, desde há alguns dias.