O que teria sido de nós com Paulo Cafôfo?

Numa altura em que Governo Regional e deputados à Assembleia Legislativa discutiram a resposta da Região à pandemia COVID-19 torna-se oportuno recordar duas ou três questões. A primeira prende-se com a posição, assumida em finais de agosto de 2020, pelo agora líder demissionário do PS Madeira, Paulo Cafôfo, na sequência da decisão do Governo Regional em adotar a obrigatoriedade do uso de máscara na Região. Vale a pena lembrar, até para melhor enquadrar e também para, mais à frente, retirar ilações que, naquela altura, a medida estava longe de estar implementada em países europeus ou noutras latitudes. Ou seja, foi uma decisão com visão por parte do presidente do Governo, mas também arrojada e corajosa, na medida em que as máscaras eram, na altura, apenas usadas pelos profissionais de saúde. Paulo Cafôfo disse, então, que o uso obrigatório de máscara era uma medida desproporcionada e contraditória para o turismo. Hoje, o tempo permite-nos retirar pelo menos duas ou três conclusões. A primeira, que é de caras, é a falta de visão de Paulo Cafôfo. A falta de capacidade de Paulo Cafôfo em avaliar e perspetivar o que estava por vir. A segunda tem que ver com os resultados históricos do turismo madeirense no passado mês de agosto, em grande medida, possíveis devido às tomadas de decisão do Governo madeirense e ao percurso coletivo realizado na mitigação da pandemia. E dessas tomadas de decisão fez parte o vilipendiado uso de máscara que, afinal, não só não afugentou turistas, como também tornou-se de uso corrente por questões sanitárias nos quatro cantos do mundo. E, por último, termino, questionando: o que seria da Madeira e do Porto Santo se, um homem, como Paulo Cafôfo, de visão curta e fraca capacidade para perspetivar e avaliar tivesse tomado a rédea dos destinos da nossa Terra em tempo de pandemia? Deus é grande! E o povo é inteligente para seu próprio bem. Nem em tempo de pandemia, nem em tempo algum, porque em qualquer circunstância governar exige competências e capacidades que cafofo não tem.

Alexandra Queiroz