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Presidente da Venezuela denuncia bloqueio de recursos para comprar vacinas

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O Presidente da Venezuela denunciou, no domingo, um bloqueio em vários países de recursos que o Governo pretendia usar para adquirir vacinas contra a covid-19, responsável por mais de um milhar de mortes no país.

"Os recursos para comprar a vacina estão congelados e roubados por Inglaterra, Portugal, Espanha e Estados Unidos", disse Nicolás Maduro, durante um balanço semanal sobre a luta contra a covid-19 na Venezuela.

Portugal, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido integram o grupo de meia centena de países que não reconhecem a legitimidade de Maduro como Presidente venezuelano, por questionarem os resultados das eleições de maio de 2018, nas quais o líder socialista foi reeleito.

"Reclamámos para que nos entreguem o dinheiro para comprar a vacina, através da Organização Mundial de Saúde, e negaram. Por isso, faço esta denúncia", acrescentou, sem referir o montante dos recursos bloqueados, nem o número de doses que a Venezuela pretende comprar.

No entanto, Maduro reiterou que o Governo venezuelano vai dispor, no primeiro trimestre do ano, de dez milhões de doses da vacina Sputnik V, na sequência da assinatura de um contrato com a Rússia no início da passada semana.

"A vacina russa não está bloqueada, conseguimos usar recursos e pagar com facilidades dadas pela Rússia, isso é ser um verdadeiro amigo da Venezuela", disse.

De acordo com o responsável, as doses da vacina russa vão servir para imunizar o mesmo número de venezuelanos. Em dezembro, Maduro indicou que o plano de vacinação devia começar em abril próximo.

Também no domingo, a oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, reconhecido como Presidente interino da Venezuela por mais de 50 Governos, comprometeu-se a tentar adquirir vacinas contra a covid-19 através da plataforma COVAX, que integra 190 países.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.835.824 mortos resultantes de mais de 84,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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