Fique em casa. Se puder

Não é fácil o momento que estamos a viver. Parece que sobre os nossos ombros caíu um peso descomunal que nos obriga a caminhar desconfiando de tudo e de todos, fugindo disto e daquilo, temendo que o malvado intruso em nós se venha hospedar.

Tememos por nós, pelos nossos parentes, pelos nossos amigos. Mas o medo não vence o vírus. O vírus enfrenta-se com organização, acção e consciência social. No entanto, uma boa parcela da população não entendeu ou não quer entender.

A par do medo temos também tantos números e perguntas dentro de nós e à nossa volta...

Em Terra pequena, e quanto mais pequena for isso vale, o fingimento é condição essencial para viver em paz e, a “má língua” só se pode ter com pessoas de confiança, para não se correr o risco de que um descuido possa dar azo a desavenças, inimizades e até, em alguns casos, motivo de queixa - crime por difamação ou calúnia. Mas situações há que não são passíveis de fingimento. Por isso, para evitar especulação e alarmismos dispensáveis seria pertinente que, quem de direito com a autoridade que lhe foi conferida, informasse a população em tempo real da situação epidemiológica da localidade respectiva. Privilegia-se informação credível, nos canais certos, em detrimento do “diz que disse” veiculado muitas vezes nas redes sociais.

Muitas vidas dependem disso, de alguma forma.

Estamos no mesmo barco. Mas o barco tem proa e ré. E os balanços não são iguais em toda a embarcação.

Que não se descure a precaução/prevenção. Que os que puderem fiquem em casa. Porque

“Homem prevenido vale por dois”.

Madalena Castro

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