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Marcelo tinha feito inscrição para o voto antecipado em Lisboa

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O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha feito inscrição para o voto antecipado em Lisboa, no domingo, embora reservando a possibilidade de votar em Celorico de Basto no dia das eleições.

Marcelo Rebelo de Sousa, que entretanto testou positivo ao novo coronavírus e está em isolamento no Palácio de Belém, revelou a sua inscrição para o voto antecipado em entrevista ao 'podcast' "Perguntar Não Ofende", de Daniel Oliveira e João Martins, gravada na segunda-feira e hoje divulgada.

Nesta entrevista, disponível em www.perguntarnaooofende.pt/pno/presidenciais-2021-marcelo-rebelo-de-sousa, o chefe de Estado e candidato presidencial diz não temer que um provável confinamento geral tenha fortes efeitos na participação eleitoral nas eleições de 24 de janeiro, realçando que "o voto antecipado que está a ter uma adesão massiva, muito grande".

"E eu devo dizer que eu próprio me inscrevi para utilizar o voto antecipado. Utilizarei ou não, mas é uma arma que tenho para ver até ao dia 17", revela. "Eu, se votar, votarei em Lisboa, na Reitoria da Universidade, mas devo dizer que guardo sempre a hipótese de votar em Celorico de Basto", acrescenta.

Celorico de Basto, terra natal da sua avó Joaquina, no interior do distrito de Braga, é o lugar onde Marcelo Rebelo de Sousa tenciona terminar a sua campanha eleitoral, como fez há cinco anos, e onde costuma votar.

Interrogado se o voto antecipado em mobilidade pode passar a ser mais facilmente utilizado em futuras eleições, concorda: "Pode e deve ser. Quer dizer, tem de se ir muito mais longe, e não só cá, também em termos de emigrantes".

O Presidente da República e candidato presidencial apoiado por PSD e CDS-PP, antevê, ainda assim, que "vai aumentar a abstenção" nestas eleições presidenciais.

Questionado se entende que será o mais penalizado pela abstenção, Marcelo Rebelo de Sousa responde: "Sem dúvida, mas sobretudo o que penaliza é a democracia. Quer dizer, uma abstenção da ordem dos 75%, 80%, é muito, muito, muito penalizadora para a democracia - também é para o Presidente vencedor, mas é sobretudo para a democracia".

Contudo, manifesta-se esperançoso de que esse cenário não se venha a verificar: "Eu tenho a sensação de que, sendo um dia de desconfinamento, as pessoas vão descomprimir, vão libertar-se, e vão associar o voto a esse desconfinamento".

Sobre a decisão de levantar restrições no período do Natal, o Presidente da República realça que houve "uma unanimidade" nesse sentido por parte dos partidos e que se avançou "com dúvidas, com hesitações".

Interrogado se foi um erro, afirma: "Foi um risco. Eu tinha sempre uma predisposição menos aberta. O Governo tinha sempre mais aberta. Mas tentávamos chegar a um equilíbrio. E aqui chegámos a um equilíbrio e este equilíbrio já se sabia à partida que tinha muitos riscos. Se quiser, avançou-se no sentido de dizer: há que fazer esta descompressão e pagar o preço, esperemos que não seja um preço muito elevado".

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