No recente congresso do PCP muito do que foi dito não só soou a falso como mostrou um partido há muito ultrapassado e fora do tempo atual, enredado numa teia de chavões e incongruências que se já não tinham cabimento no século passado muito menos têm no atual. PCP que para justificar os insucessos eleitorais recorre à auto-vitimização, inventa bodes expiatórios e na auto-desculpabilização pede meças ao PS, talvez por isso se entendem tão bem. O que é indesmentível é que nos últimos 25 anos em quase 20 Portugal teve governos do PS apoiados pelos partidos da esquerda nomeadamente o PCP. Por isso quando os congressistas comunistas procuram a todo o custo culpar a “direita” por todos os males que afligem os portugueses e o País tal não passa de uma grosseira falsidade. Tal como quando Jerónimo Sousa diz que o PCP tem sido oposição aos governos do PS o anterior e o atual mas só vota contra as propostas do PS quando estas já estão de antemão chumbadas, como a deputada Alma Rivera ao culpar a “direita” de não gostar do desporto de massas e de não ajudar os clubes de base local nem o desporto olímpico. Então o que andaram PS e PCP a fazer durante quase 20 anos? João Ferreira candidato do PCP à presidência da República procurou branquear os inúmeros falhanços da governação do PS em colaboração com o PCP seja no reforço do SNS, ensino, cultura, habitação, proteção na infância, juventude, velhice, pessoas com deficiência, ambiente etc., imputando falsamente ao Presidente da República (PR) responsabilidades que são exclusivas do governo. Não é que o PR não se tenha posto a jeito sempre solícito a apoiar o governo e a desculpabilizá-lo pelos atos de má governação do País. Por fim Albano Nunes um marxista puro e duro nostálgico da ex-URSS que reafirmou com clareza a doutrina latente do PCP para o uso da força e das armas para impor a “democracia avançada”, só faltando indicar qual o modelo mais “avançado” da mesma se o da R.P. China ou o da Coreia do Norte.

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