Desporto

Tóquio2020, 'ases' das duas rodas e andebol a despontar no calendário desportivo

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A realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados devido à pandemia de covid-19, os portugueses a darem cartas nas duas rodas, motorizadas e no ciclismo, e as aventuras da seleção masculina de andebol vão marcar o ano de 2021.

Com 35 portugueses já apurados e outras dezenas na 'corrida' às vagas sobrantes, depois de um calendário para 2020 virado de pernas para o ar pela situação pandémica, o evento na capital japonesa, com muitas incógnitas ainda a pairarem sobre a sua realização, será o grande destaque.

Agendado para entre 23 de julho e 08 de agosto, a organização já afirmou querer que este seja um sinal de "triunfo" da humanidade sobre a covid-19, mas levantam-se questões quanto aos custos, a presença de público e a logística e soluções de segurança em torno de atletas e todos os outros profissionais e voluntários acreditados.

A opinião pública em Tóquio, e no Japão, é favorável ou a novo adiamento ou ao cancelamento, em contraste com as declarações políticas que se multiplicam, do Governo japonês ao Comité Organizador e Comité Olímpico Internacional.

A capital japonesa recebe também os Jogos Paralímpicos, adiados de forma idêntica, a que Portugal regressa após quatro medalhas de bronze no Rio2016, com 23 vagas em cinco desportos, no encerramento de um ciclo olímpico cujo adiamento levou a uma 'revolução' em dezenas de outras provas, identicamente 'empurradas' no tempo para tornar coeso o calendário.

Dentro e fora do ciclo olímpico, de resto, vários pontos de interrogação assolam o mundo do desporto, com a realização de muitos eventos e o desenvolvimento de dezenas de desportos a dependerem do tipo de retoma a nível mundial que seja possível alcançar já no novo ano.

Oito atletas estão já apurados no atletismo, do veterano João Vieira ao naturalizado Pedro Pablo Pichardo, seguido da canoagem, com sete atletas, um deles Fernando Pimenta, após um 2020 em que chegou às 100 medalhas internacionais, e Antoine Launay no 'slalom', com o surf a estrear-se com Frederico Morais e nomes como Fu Yu (ténis de mesa), Filipa Martins (ginástica artística) ou Alexis Santos (natação) já qualificados.

Ainda na 'corrida' estão nomes como o campeão olímpico de 2008 Nelson Évora, no triplo salto, e dezenas de outros nomes ainda 'na corda bamba' devido à suspensão de torneios de qualificação ou a falta de provas para melhorar 'ranking', a correr em contrarrelógio até junho de 2021.

Também o andebol masculino procura uma presença histórica nos Jogos, disputando o pré-olímpico em março, dois meses depois de participarem pela quarta vez no Mundial, em janeiro, na sequência de um 2020 em que conseguiram um inédito sexto lugar no Europeu.

Única medalhada portuguesa no Rio2016, com o bronze no judo, Telma Monteiro chega a 2021 a continuar a fazer história, depois de, em novembro, ter conquistado prata nos Europeus, em que Jorge Fonseca, campeão do mundo em 2019, também em Tóquio, e Rochele Nunes ganharam o bronze, enquanto o campeão europeu de taekwondo Júlio Ferreira é uma das esperanças lusas na modalidade.

No ciclismo, e além de uma seleção masculina, far-se-á história pela mão de Maria Martins, que será a primeira mulher e a primeira representante do ciclismo de pista em Jogos com as cores lusas.

O próximo ano traz também o Mundial de futsal, na Lituânia, com o campeão europeu em título, Portugal, já apurado, em ano de campeonato do mundo também no futebol de praia, na Rússia, a que a formação lusa chega para defender o título.

O 'homem-história' de Portugal na MotoGP, Miguel Oliveira, vai estrear-se pela equipa de fábrica da KTM depois de dois anos na formação satélite, conseguindo em 2020 dois triunfos históricos, um deles no Algarve, e o nono lugar no Mundial, enquanto Filipe Albuquerque, campeão do mundo de resistência na categoria LMP2, e António Félix da Costa, na Fórmula E, regressam à procura de mais vitórias.

Para 2021, além de Maria Martins e dos campeões europeus de pista Iuri Leitão e Ivo Oliveira, as expectativas no ciclismo recaem também sobre o segundo ano de João Almeida na Deceuninck-QuickStep, depois de ter sido quarto na Volta a Itália, que liderou 15 dias, e Ruben Guerreiro, vencedor de uma etapa e da classificação de montanha nesse Giro, na Education First.

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