Políticos na luxúria e o povo na penúria

Recentemente a nossa diocese celebrava a missa dos pobres, junto dos nossos ilustres políticos e de responsáveis de associações ligadas à luta contra a pobreza, mas infelizmente esta gente só tem “penas” mas é de galinha porque do povo não têm pena nenhuma, só pensam no seu bom ordenado, nos seus carros de luxo, as suas viagens e os pobres só se lembram para aparecer nas notícias em época de natal porque dá boa imagem, mas o povo gosta! Em troca de meia dúzia de esferográficas, umas t-shirts e uns baralhos de cartas, vão se entretendo e esses senhores vão enriquecendo!

Acabamos com a pobreza mas é fomentando o trabalho digno, é aumentando as reformas dos nossos idosos que trabalharam uma vida e vivem na miséria, para alguns artistas que nunca fizeram nada na vida irem acumulando tachos e usufruem de reformas chorudas mensalmente, temos de dar condições aos nossos jovens para ingressar no mercado de trabalho, e cortar nas gorduras do Estado, começando por cortar nas regalias dos senhores deputados, que ganham aos milhares, são muitos, pouco produzem, são sempre os mesmos e fazem uma vida a viver da política, com motoristas privados pagos a peso de ouro, estacionamento gratuito, no centro do Funchal, enquanto um desgraçado qualquer se quiser parar o carro tem de pagar. Faz sentido dar estas regalias a quem tanto leva no fim do mês para casa? Como é que se admite que certos senhores entrem na política falidos e saem com os bolsos cheios? Enquanto estes senhores vivem na luxúria, o povo vive na penúria!

Relativamente a estas Associações que aparecem sempre no Natal como uns coitadinhos a pedir caridade, o que cada mais se vê são poucas vergonhas de gente a ganhar dinheiro à conta da bondade dos outros, onde anda a fiscalização e as auditorias às contas destes centros de inércia? Que muitas vezes servem para meia dúzia encher os bolsos e os pobres continuam pobres e os ricos cada vez mais ricos. Vejam só o exemplo das casas do povo que se algum dia fizerem uma investigação isenta e a fundo, às suas contas, vai aparecer um buraco financeiro que vai parecer um “poço sem fundo”, deixemo-nos de hipocrisia e tenham dó de quem pouco tem, vamos morrer e vamos todos deitados e nem a roupa que levamos somos nós que escolhemos, o dinheiro, os bens materiais, não vão atrás de ninguém, fica tudo aqui!

Fernando Rodrigues Góis

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