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Portugal encontra-se, desde as 00:00, em estado de emergência até 23 de novembro para combater a pandemia de covid-19, impondo entre outras medidas o recolher obrigatório noturno em 121 concelhos com mais casos de infeção.

Esta medida de proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 em dias de semana e nos próximos dois fins de semana a partir das 13:00 é aplicada nos 121 concelhos considerados de risco elevado de transmissão da covid-19.

Entre estes municípios, que abrangem 70% da população residente, incluem-se todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

A medida foi aprovada em Conselho de Ministros extraordinário realizado no sábado à noite e prevê exceções como deslocações para o trabalho, regresso ao domicílio, situações de emergência, passeio higiénico na proximidade da habitação ou passeio de animais.

O executivo aprovou ainda outras medidas que se irão aplicar a Portugal Continental, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos no acesso a local de trabalho, escolas, meios de transporte ou espaços comerciais e desportivos.

Está ainda prevista a possibilidade de exigir testes de diagnóstico para covid-19 em escolas, lares, estabelecimentos de saúde, à entrada e saída do território nacional, prisões ou outros locais que a Direção-Geral da Saúde venha a determinar.

O novo estado de emergência prevê também a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social.

A mobilização de recursos humanos para aumentar a capacidade de rastreamento, como a realização de inquéritos epidemiológicos ou rastreio de contactos de trabalhadores em isolamento profilático, professores sem componente letiva ou militares das Forças Armadas é outra medida prevista pelo estado de emergência.

Na semana passada, o Governo já tinha aprovado outras medidas para conter a pandemia no continente como grupos em restaurantes limitados a seis pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, Portugal já registou 2.896 mortes e 179.324 casos de infeção.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O festival Caminhos do Cinema Português vai decorrer a partir de hoje, em Coimbra, onde vão ser exibidos filmes de Basil da Cunha, Ana Rocha, Gonçalo Waddington e Maria de Medeiros na principal secção competitiva do certame.

A 26.ª edição do festival vai decorrer durante quase um mês, devido à pandemia, organizando de 13 a 19 de novembro a seleção "Ensaios" (destinada à produção cinematográfica em contexto académico) e "Outros Olhares" (obras de linguagem experimental), no Estúdio 2 do Avenida, estando prevista a secção de competição principal "Caminhos" decorrer de 20 a 27 de novembro, no Teatro Académico de Gil Vicente.

Ao todo, vão estar quase 150 filmes portugueses nas secções competitivas, sendo ainda realizados outros ciclos ao longo do festival que começa hoje e que se estende até 05 de dezembro.

DESPORTO

A seleção portuguesa de futebol inicia hoje a preparação para a dupla jornada decisiva do Grupo 3 da Liga das Nações A, frente à França e Croácia, antecedida de um particular com Andorra.

Os 25 convocados por Fernando Santos concentram-se à noite na Cidade do Futebol, em Oeiras, e "não haverá qualquer atividade media", conforme indicou no domingo a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sendo que o primeiro treino deverá acontecer na terça-feira, véspera de receber a Andorra, no Estádio da Luz.

Tal como já tinha acontecido em setembro e outubro, os treinos serão totalmente fechados aos órgãos de comunicação social, devido à pandemia de covid-19.

Os avançados Pedro Neto (Wolverhampton) e Paulinho (Sporting de Braga) integram pela primeira vez os 25 'eleitos' de Fernando Santos para os últimos encontros da equipa das 'quinas' em 2020, ao contrário do experiente central Pepe (FC Porto), que ficou de fora, devido a lesão.

A seleção portuguesa tem agendado um particular com Andorra, na quarta-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, antes de receber os franceses no mesmo terreno, três dias depois, e de visitar os croatas, no dia 17, naqueles que serão os dois últimos encontros no Grupo 3 da Liga das Nações.

Com duas jornadas para disputar, Portugal, detentor do troféu, lidera o grupo, com 10 pontos, os mesmos da França, enquanto Croácia, com três, e Suécia, ainda sem pontuar, já estão afastadas da fase final.

INTERNACIONAL

O ex-Presidente do Kosovo Hashim Thaçi, que se demitiu na quinta-feira para enfrentar acusações de crimes de guerra, comparece hoje pela primeira vez perante um juiz do tribunal especial em Haia.

Thaçi, 52 anos, destacou-se como líder guerrilheiro dos separatistas albaneses durante a guerra contra a Sérvia no final da década de 1990, antes de ganhar relevo político após o conflito que provocou mais de 10.000 mortos.

Um procurador internacional indiciou Thaçi com dez acusações de crimes contra a humanidade e crimes de guerra pela sua liderança do então designado Exército de Libertação do Kosovo (UÇK), acusado de práticas como detenção ilegal, abuso e assassínio de opositores e alegados "traidores" durante o conflito.

O ex-Presidente demitiu-se do cargo na quinta-feira antes de partir num voo para a unidade de detenção do tribunal, onde já se encontra.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

São Tomé e Príncipe reentra hoje no Estado de Calamidade devido à "evolução do quadro epidemiológico" da Covid-19 no país, que registou, nos últimos oito dias, uma morte e 16 novas infeções.

"Pelo facto de, em São Tomé e Príncipe, sentirmos que os indicadores do quadro epidemiológico vêm evoluindo, no quadro do Conselho de Ministros tomámos algumas medidas", disse aos jornalistas no domingo o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, no final de mais uma reunião alargada do Comité de Crise.

"Perante o relaxamento das nossas populações, perante a evolução do quadro epidemiológico, o Comité de Crise propõe que, a partir da segunda-feira, [se decida] aumentar as medidas. Vamos aumentar de nível, vamos passar do Estado de Alerta para o Estado de Calamidade", acrescentou Jorge Bom Jesus.

PAÍS

A obra do novo Hospital Central do Alentejo é hoje assinada em Évora, numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e das ministras da Saúde, Marta Temido, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Em causa está um investimento total superior a 180 milhões de euros (incluindo 40 milhões de fundos europeus), num projeto com conclusão prevista para 2023.

O novo hospital, que vai nascer na periferia da cidade de Évora, tem uma área de influência de primeira linha para cerca de 200 mil pessoas e de segunda linha para mais de 500 mil pessoas.

O concurso público da empreitada foi ganho em abril pelo grupo espanhol Acciona. Os atrasos na adjudicação da obra têm motivado críticas de partidos políticos e da Câmara de Évora.

SOCIEDADE

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) convocou uma greve de cinco dias que se inicia hoje e se prolonga até 13 de novembro, justificando-a com o desgaste e a desmotivação destes profissionais.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse ter a certeza de que a população estará ao lado dos enfermeiros, que "têm feito muitos sacrifícios ao longo dos anos"

"Os utentes que já recorreram ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) sabem bem os sacrifícios que os enfermeiros portugueses sempre fizeram e continuam a fazer. Com a pandemia descontrolada, também serão os primeiros ao compreender como é que os enfermeiros se sentirão", considerou.

O dirigente acrescentou que apesar de o Governo anunciar que contratou mais enfermeiros, esses contratos são altamente precários.

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