Madeira

PS quer solução que proteja produção agrícola da "ameaça" do pombo-torcaz

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O Grupo Parlamentar do PS Madeira reuniu, esta tarde, com um grupo de agricultores do Jardim da Serra, em Câmara de Lobos, onde apresentou a resposta dada pelo Governo Regional, quanto às dificuldades que os produtores têm enfrentado em consequência do aumento das perdas provocadas pelo pombo-Torcaz. Resposta esta que não agrada nem os socialistas nem, segundo os mesmos, os produtores regionais "que reclamam por medidas mais eficazes".

A deputada Elisa Seixas, em declarações à comunicação social, deu conta de que “o PS Madeira tem sido contactado por vários produtores que se queixam que as suas produções têm sido muito prejudicadas pela acção do pombo-torcaz, espécie protegida que tem vindo cada vez mais para cotas mais baixas, afectando uma boa parte das culturas dos nossos produtores regionais”. 

Sobre este assunto o Grupo Parlamentar do PS Madeira solicitou esclarecimentos ao Governo Regional, nomeadamente à Secretaria Regional da Agricultura e à Secretaria Regional do Ambiente, "sobre as medidas aplicadas no terreno e como forma de alcançar uma solução que proteja a produção os agricultores".

De acordo com Elisa Seixas, o Governo terá respondido que “a guarda florestal deve ser contactada para afugentar essas colónias” e que “existe um apoio para os sistemas de proteção de culturas contra espécies protegidas que financia a aquisição de alguns instrumentos que afugentam o pombo-torcaz”.

O PS denota que "os agricultores têm pouca informação quanto às medidas em vigor, nomeadamente no que diz respeito aos apoios existentes para minimizar esta problemática".

“Aquilo que nós sabemos é o seguinte: foram pouco os produtores que tiveram acesso a esta informação”, disse, explicando que “muitos dos agricultores com quem falamos não tiveram acesso à informação de que poderiam candidatar-se a este mecanismo”, facto que "justifica a existência de apenas quatro candidaturas, quando este problema afecta culturas no Porto Moniz, Ribeira Brava, Santo da Serra, Santana e Jardim da Serra". 

“São manifestamente poucas as candidaturas tendo em conta a quantidade de pessoas que se queixam do efeito do pombo torcaz”, frisou. 

Além disso, salienta que “há um certo atraso na atribuição dessas candidaturas, porque em quatro candidaturas, apenas uma já teve resposta”, sendo que a mesma "obteve um apoio mínimo.” 

"Aquilo que os produtores nos dizem é que a actuação da guarda florestal não é suficiente e que, ao nível dos apoios, os valores são irrisórios perante a dimensão deste problema”, vinca.

O PS defende, por isso, “que estas medidas sejam reforçadas e, principalmente que se faça recenseamento à população do pombo-torcaz, para que se perceba a razão pela qual estão a sair da floresta e em tanta quantidade”.

“Os agricultores precisam de respostas mais sustentadas e que tenham resultados, porque estas manifestamente não estão a resultar”, concluiu.

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