Madeira

Mais de 3.500 acidentes de trabalho em 2018 na Madeira

Acidentes laborais aumentaram ligeiramente (+9 acidentes) do que em 2017, havendo a registar 1 vítima mortal, menos 2 que no ano anterior

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Sectores do ‘Alojamento, restauração e similares’ (19,6% do total) e da Construção com (18,9%) foram os mais acidentados

Mais de 3.500 acidentes de trabalho ocorreram na Madeira em 2018, reflectindo um ligeiro aumento face ao ano anterior, de acordo com os dados fornecidos à Direcção Regional de Estatística pela Direcção Regional do Trabalho e da Acção Inspectiva.

No total, foram registados 3.545 acidentes de trabalho na Região Autónoma da Madeira (RAM) em 2018, mais 0,3% (+9 acidentes) do que em 2017. Daqueles acidentes, há a registar 1 acidente de trabalho mortal, menos 2 que no ano anterior.

Os sectores do ‘Alojamento, restauração e similares’ foram os palcos onde ocorreu maior número de acidentes laborais (19,6% do total), seguindo-se o da Construção com 18,9%. O Comércio por grosso e a retalho e a reparação de veículos automóveis e motociclos” (13,5%) fecham o grupo dos sectores nos quais se concentrou o maior número de acidentes em 2018.

Em contrapartida, as ‘Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas’ foi o que registou, em valor absoluto, a maior diminuição, menos 65 acidentes (-35,3% do que em 2017), destacando-se este sector por corresponderam a apenas 3,4% do total de sinistros laborais.

Maioria das vítimas são homens: 68%

Por sexo e grupos etários, observa-se que, em 2018, a maioria dos acidentes ocorreu com homens (68,3%) e nas pessoas com 35 e 54 anos de idade (54,9%). Nos grupos profissionais, os ‘Trabalhadores qualificados da construção e similares, excepto electricista’ (746 acidentes, 21,0%) e ‘Trabalhadores dos serviços pessoais’ (358 acidentes, 10,1%) foram os que registaram maior número de sinistrados em 2018.

23% dos acidentes ocorreram em zona industrial

No que respeita ao tipo de local do acidente, 22,7% dos acidentes ocorreram em ‘Zona industrial’ (805 acidentes) e 14,2% em ‘Local de actividade terciária, escritório, entretenimento, diversos’ (503 acidentes). A origem da maioria dos acidentes foi o ‘Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico’ (24,9% do total de acidentes).

Os principais acontecimentos geradores directos da lesão dos sinistrados foram ‘Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico’ (18,1%) e ‘Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre/contra objecto imóvel’ (11,8%).

Quanto às consequências dos acidentes, constata-se que as ‘Feridas e lesões superficiais’ e as ‘Deslocações, entorses e distensões’ foram as lesões que mais se evidenciaram, cujo peso no total, em 2018, fixou-se em 35,3% e 29,4%, respectivamente. Mais de metade dos acidentes atingiram as “Extremidades superiores” ou as “Extremidades inferiores” (30,0% e 23,2%, respectivamente).

30% dos acidentes não implicou faltas ao trabalho

Relativamente ao número de dias de ausência do trabalho, é de referir que 29,9% dos acidentes não mortais não implicaram qualquer ausência ao trabalho. Entre os restantes, destaca-se o intervalo 7 a 13 dias de ausência para 17,1% do total de acidentes não mortais.

Construção domina baixas: mais de 20 mil dias

O maior número de dias de trabalho perdidos por motivo de acidente de trabalho ocorreu no sector da ‘Construção’ (21.740 dias, 23,2% do total de dias perdidos).

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