Coronavírus Madeira

Motorista com Covid-19 não foi infectado em contexto laboral

A garantia foi dada pelo administrador da Horários do Funchal

Foto Arquivo
Foto Arquivo

Está confirmado o primeiro caso de um motorista infectado com Covid-19. O resultado que inicialmente havia sido inconclusivo, acabou por revelar-se positivo após repetição do teste de diagnóstico.

Trata-se de um profissional que está ligado às carreiras urbanas da Horários do Funchal, que esteve ao serviço, na semana passada, tendo, desde então, ficado em isolamento. Ao DIÁRIO, o presidente do Conselho de Administração da empresa assegura que o contágio não ocorreu em contexto laboral, embora remeta para as autoridades de saúde qualquer explicação sobre a sua origem.

Esta certeza assenta no facto de a cultura da prevenção ter sido implementada na empresa desde o início da pandemia, com referência a medidas como a utilização da máscara ou a introdução de cabines para os motoristas nos autocarros. A par disso, todos os autocarros são desinfectados diariamente.

Sobre a origem do caso, só a Autoridade de Saúde poderá responder, o que podemos referir é que não existe qualquer possibilidade de que o nosso colaborador motorista tenha sido infectado em contexto laboral e no exercício das suas funções, já que, desde o inicio da pandemia, a Horários do Funchal e todos os seus colaboradores têm tido e mantido uma atitude de prevenção, aplicando o uso de mascara, a utilização de álcool-gel, medição de temperatura à entrada no serviço, a introdução de cabines para os motoristas. Destaco ainda que todos os autocarros são desinfectados diariamente. Alejandro Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da Horários do Funchal

O administrador realça que, seguindo as recomendações das autoridades de saúde, “nenhum motorista ou outro colaborador está a cumprir isolamento profilático, estão sim a ser monitorizados todos aqueles que estiveram em contato com o colega”, enaltecendo o comportamento do colaborador perante a situação, “que desde a primeira hora não só contactou com a empresa, como com todos os colegas que teve contato mais directo”.

Este comportamento, entende, “revela que os nossos colaboradores têm uma consciência cívica e de companheirismo acima da média, pois como sempre, para todos nós que trabalhamos nesta empresa, está o interesse público em primeiro lugar”.

Alejandro Gonçalves descarta qualquer risco para os clientes associado a este caso de Covid-19 agora confirmado, ao mesmo tempo que assegura terem sido reforçados os cuidados para evitar um eventual surto interno, referindo-se às medidas constantes do Plano de Contingência, devidamente validado pelo Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), documento que já sofreu pelo menos três actualizações, adequando-se ao evoluir das circunstâncias sanitárias.

O referido plano prevê vários cenários, permitindo que a empresa possa continuar a prestar “um bom serviço à população”, população que, conforme referiu Alejandro Gonçalves, tem tido um “excelente comportamento” na utilização dos transportes públicos, embora o responsável pela empresa que assegura este serviço na cidade do Funchal aproveite a oportunidade para apelar ao uso da máscara na utilização dos autocarros, mas também nas paragens e abrigos enquanto os passageiros aguardam pelo autocarro.

Medidas implementadas

  1. Medição de temperatura à entrada do serviço para todos os colaboradores e também para os visitantes;
  2. Obrigatoriedade de utilização de mascara para todos os colaboradores;
  3. Distribuição de álcool gel em todos os autocarros, posicionados na entrada para os passageiros;
  4. Distribuição de álcool gel para todos os colaboradores;
  5. Colocação de cabine separadora entre o motorista e os passageiros em todos os autocarros;
  6. Desinfecção, todos os dias, dos autocarros;
  7. Uma vez por semana, todos os autocarros e instalações da Horários do Funchal são nebulizados pela mesma empresa que presta esse serviço no Hospital Central Dr. Nélio Mendonça;
  8. Restrição da ocupação dos autocarros, implementando as recomendações do Governo Regional da Madeira, reduzindo a capacidade para 2/3 da lotação;
  9. Vacinação de todos os colaboradores, que desejaram, contra a gripe.

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