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Venezuela acusa agências da ONU de negarem apoio para repatriar venezuelanos

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou quinta-feira duas agências da organização das Nações Unidas (ONU) de negarem apoio a Caracas para repatriar emigrantes venezuelanos.

Em causa está a Organização Internacional das Migrações (OIM) o Alto Comisariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). "Não nos têm apoiado. Aprovaram recursos à OIM, ao ACNUR, e foi roubado na Colômbia", disse.

Nicolás Maduro falava durante um evento transmitido pela televisão estatal venezuelana, em que acusou a oposição venezuelano e o seu homólogo colombiano, Iván Duque, de ter "roubado" os recursos que várias organizações e governos tinham para ajudar migrantes venezuelanos na Colômbia e em outros países da região.

"Roubaram todo o dinheiro para apoiar os migrantes venezuelanos na Colômbia, no Equador, no Peru, no Chile e mais além", disse sem divulgar provas.

O Presidente da Venezuela explicou que o seu Governo teve de conseguir recursos para o programa governamental "Plan Vuelta a la Pátria" (Plano de Regresso à Pátria)", que contempla a repatriação de migrantes venezuelanos.

"Tivemos que arrecadar dinheiro da Venezuela para pagar a atenção, a passagem, o retorno e apoiar os milhares de venezuelanos que trouxemos pela Conviasa [companhia aérea estatal], em voos gratuitos. Só a Venezuela o faz, gastámos milhões de euros", disse.

Nicolás Maduro ordenou ao ministro venezuelano de Relações Exteriores que questione diretamente o secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre "onde está o dinheiro que têm aprovado para ajudar os migrantes venezuelanos, quem o roubou e em que contas bancárias está".

Segundo dados da ONU, mais de 5,1 milhões de venezuelanos abandonaram o país nos últimos anos, fugindo da crise política, económica e social que afeta a Venezuela.

Segundo a imprensa local, a Colômbia foi o país do continente americano que mais venezuelanos acolheu (1.750.000) seguindo-se o Peru (900.000), o Chile (445.000), o Equador (417.000), o Brasil (260.000) e a Argentina (150.000).

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando Juan Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres e democráticas.

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