País

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A Comissão Europeia emite esta quarta-feira os seus pareceres sobre os planos orçamentais dos países da zona euro para 2021, entre os quais o de Portugal, num exercício mais transigente do que o habitual devido à crise da covid-19.

Depois de ter divulgado, em 05 de novembro, as previsões económicas de outono, o executivo comunitário adota hoje na reunião semanal do colégio a segunda parte do "pacote de outono" do semestre europeu de coordenação de políticas económicas e orçamentais, apesar de as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento estarem atualmente suspensas, para permitir aos Estados-membros tomar as medidas necessárias para enfrentar a crise provocada pela pandemia.

Nas suas previsões macroeconómicas de outono, a Comissão reviu em baixa o ritmo de retoma da economia da zona euro em 2021 face ao ressurgimento da pandemia da covid-19, estimando agora que só recupere 4,2% após uma contração de 7,8% este ano, a mais grave desde a II Guerra Mundial.

Além do parecer sobre os planos orçamentais, a Comissão adota e apresenta hoje outros componentes do "pacote de outono", tais como o mecanismo de alerta para desequilíbrios macroeconómicos, recomendações para a política económica na zona euro e o relatório sobre a situação social e o emprego.

Hoje também, estudantes do ensino superior concentram-se junto à Assembleia da República numa manifestação intitulada "O Futuro está em Risco - O Ensino Superior defende-se agora!".

Organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, os alunos reclamam um Orçamento do Estado e políticas que garantam "um ensino superior público gratuito, democrático e de qualidade".

Este é o segundo protesto organizado por esta associação de estudantes num mês. O primeiro decorreu dia 05 de novembro contra a falta de condições para estudar, um problema antigo que dizem ter sido agravado pela crise pandémica.

CULTURA

O espetáculo "A coragem da minha mãe", uma história real sobre como uma judia escapou a Auschwitz, de George Tabori, encenado por Jorge Silva Melo, estreia-se hoje em Portugal, no Teatro da Politécnica, em Lisboa.

A peça, que se estreou originalmente em 1979 e foi uma "resposta subversiva" do dramaturgo húngaro George Tabori à aclamada "Mãe Coragem" de Bertold Brecht, vai ser apresentada pela primeira vez em solo nacional, encenada por Jorge Silva Melo, dos Artistas Unidos.

Esta é a história real de Elsa, que aos 55 anos sai de sua casa, em Budapeste, para ir jogar cartas com a irmã, e é presa para ser conduzida para o campo de concentração de Auschwitz, mas ao fim de 12 horas, de algumas aventuras e uma mentira, consegue escapar-se, regressar de comboio a Budapeste, e chegar a casa da irmã para o jogo de cartas.

"A coragem da minha mãe" vai estar em cena entre hoje e 19 de dezembro, das 19:00 às 20:30, aos dias de semana. Por enquanto, devido às medidas de contingência contra a propagação da pandemia, não se vão realizar sessões ao fim de semana.

Uma exposição inédita de diálogo entre pintura, fotografia e escultura, na segunda metade do século XIX, a partir da coleção do Museu do Chiado e do Arquivo de Documentação Fotográfica da Direção-Geral do Património Cultural, abre hoje, em Lisboa.

Intitulada "Dilema de Ser e Parecer - O retrato na pintura, fotografia e escultura (1850-1916)", a mostra do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC) tem a curadoria de Emília Tavares e de Maria de Aires Silveira, e vai ficar patente na Sala dos Fornos até 18 de abril de 2021.

A exposição, criada com base no acervo do MNAC e na coleção do Arquivo de Documentação Fotográfica da Direção-Geral do Património Cultural, assenta no retrato.

LUSOFONICA, ÁFRICA E COMUNIDADES

Os ministros responsáveis pela Educação na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se hoje, por videoconferência, para analisar, o Plano de Ação de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP (2016-2020).

O encontro pretende partilhar informações sobre "A Educação nos Estados-membros da CPLP e o contexto da pandemia de covid-19".

Estão previstas intervenções dos ministros da Educação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste.

Na agenda, além do Plano de Ação de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP (2016-2020), constam as orientações estratégicas para o período 2021- 2026.

Os ministros vão debater ainda o reforço das relações institucionais com organizações internacionais no domínio da Educação e Formação, nomeadamente, com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e a Agência Nacional Erasmus Educação e Formação.

A sessão de abertura conta com as intervenções da ministra da Educação de Cabo Verde, Maritza Rosabal, do secretário executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, e da diretora-geral Adjunta da Educação das Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Stefania Giannini.

No final dos trabalhos, e após a aprovação da declaração final do encontro, a ministra da Educação de Cabo Verde realiza uma conferência de imprensa presencialmente na sede da CPLP (com transmissão em direto no Youtube).

O Governo moçambicano vai estar hoje e quinta-feira na Assembleia da República para responder a perguntas das três bancadas parlamentares sobre a violência armada nas regiões centro e norte, e sobre a situação da pandemia de covid-19.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder e com maioria parlamentar, quer saber do executivo a estratégia para a assistência das populações afetadas pela violência armada no centro e norte do país, além da situação dos subsídios aos afetados pelo ciclone Idai, que se abateu sobre o centro do país no ano passado, segundo o porta-voz da bancada, Feliz Silvia, citado pela Rádio Moçambique.

Por outro lado, a bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força de oposição no país, pediu um ponto de situação sobre os subsídios aos médicos que trabalham na linha da frente no combate à covid-19, bem como informações sobre as chamada "dívidas ocultas", de acordo com o deputado daquele partido Arnaldo Chalaua.

A terceira força parlamentar em Moçambique, o Movimento Democrático de Moçambique, quer também saber sobre os subsídios aos médicos e a situação dos deslocados devido à violência armada em Cabo Delgado.

A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de 2.000 mortes e 435.000 pessoas deslocadas para províncias vizinhas, sem habitação, nem alimentos suficientes - concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

No centro, conflitos com guerrilheiros dissidentes da Renamo já provocaram 30 mortos no último ano.

PAÍS

A Câmara de Aveiro apresenta hoje a candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura 2027.Além de Aveiro, já anunciaram que vão apresentar uma candidatura as cidades de Leiria, Faro, Viana do Castelo, Braga, Évora, Coimbra, Guarda e Oeiras.Portugal já recebeu a Capital Europeia da Cultura em três ocasiões: 1994 (Lisboa), 2001 (Porto) e 2012 (Guimarães).

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, apresenta hoje o projeto arquitetónico de recuperação do quarteirão entre a Rua do Diário de Notícias e Rua do Norte, no Bairro Alto. No total, são 45 apartamentos que a autarquia irá recuperar e colocar no programa de renda acessível para fixar famílias no centro da cidade.

Um dos edifícios envolvidos serviu, até 1940, como sede e redação do Diário de Notícias, pelo que, respeitando a memória histórica do Bairro Alto como bairro dos jornais e do jornalismo, a Câmara vai ceder o espaço comercial desses edifícios para projetos independentes e associativos na área do jornalismo e produção de conteúdos.

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