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Obama considera que Biden "pode restaurar" relação dos EUA com Europa

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Barack Obama afirmou hoje que o Presidente eleito dos EUA, Joe Biden, "pode restaurar" a relação de Washington com os seus tradicionais aliados europeus após um período de deterioração durante o mandato de Donald Trump.

"Esta relação transatlântica é uma das coisas que mais me importa, e uma das coisas que mais me inquietou nos últimos anos foi o grau de debilidade desta relação", disse o ex-Presidente norte-americano (2009-2017) em entrevista à televisão estatal francesa France 2.

"Julgo que Joe Biden pode restaurá-la", sublinhou Obama na primeira entrevista fora dos EUA por motivo da publicação do primeiro volume das suas memórias "Uma terra prometida" (A Promised Land).

A entrevista foi efetuada por François Busnel, jornalista e crítico literário que, para além das questões políticas, questionou Obama sobre a criação escrita e considerou que o seu livro tem uma estrutura semelhante à "Odisseia".

O ex-presidente insistiu ainda que os Estados Unidos devem enfrentar a questão racial e considerar as reivindicações da minoria afro-americana caso pretenda recuperar a unidade da nação.

"Não podemos resolver um problema pretendendo que não existe", afirmou, e recordou como a Alemanha recuperou com êxito após a Segunda Guerra Mundial, confrontando o nazismo, tal como a África do Sul reconheceu o 'apartheid', regime de segregação racial.

Também reconheceu que "muitos norte-americanos brancos têm uma reação negativa quando lhes dizem que são culpados de injustiças cometidas há 100 ou 150 anos".

Para Obama, a forma de recuperar a unidade após a divisão semeada por Trump consiste "num despertar da cidadania" para fazer "um exame sobre como pensamos a nossa democracia e como a vamos reformar", e que considerou "um projeto a longo prazo".

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