Boa Vida

Como criar um negócio?

Passos a dar para que a sua empresa seja um verdadeiro sucesso.

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O artigo da semana passada visava apresentar um conjunto de ideias de como se deve criar um negócio e, na onda da continuidade ao tema, quando se pensa em abrir uma empresa ou startup é porque, à partida, já existe uma ideia de negócio.

Mas isso nem sempre acontece. Por vezes, existe apenas a vontade, mas a certeza concreta do que se quer não surge. Seria, sempre importante, criarmos a nossa ideia de negócio. Sermos criativos. Ora, pode acontecer: ausência completa de ideia. Sabe que quer mudar, mas não sabe o que fazer e como fazer.

Perante estes casos, analise bem a sua situação, pois mudar por mudar pode muitas vezes ser prejudicial e se não conseguir atingir o pretendido, acaba por acarretar consequências de vária ordem.

O estar motivado, sentir-se predisposto para assumir desafios, riscos e oportunidades é fundamental, diria que a motivação é essencial, quer no arranque, quer ao longo da vida do negócio.

Sem ideia, dificilmente a motivação acaba por surgir. Se não existir, talvez seja melhor repensar as vontades próprias.

Também pode trabalhar com ideias alheias: se não tem ideias, tente olhar em volta e pensar em algo que se possa adequar à sua área. Por exemplo, um artigo de um jornal, redes, pode dar uma excelente ideia para o início da criação de um blogue, por exemplo.

O franchising também pode ser outra ideia para quem quer começar algo seu. Aqui tudo se encontra já montado, é seguir os procedimentos criados, métodos instituídos, pagar a franquia e os royaltes. Contudo, o empreendedor deverá possuir determinadas características fundamentais à gestão do negócio, mesmo que seja um franchising.

Transformar a profissão em empresa, por exemplo: você está satisfeito com que está fazendo, mas quer algo criar seu?

Considere começar o próprio negócio, mas continuando o que está fazendo.

Contudo, existem situações em que você pensa em começar o negócio e já tem uma ideia na cabeça. E essa é a melhor situação de todas. Fica com uma visão mais clara daquilo que pretende, facilitando o desenvolvimento do projecto.

Existe ou não no mercado? Boa questão! O mercado precisa de você? Analise se existe espaço para você.

Esta é a única pergunta que deve fazer quando tem a sua ideia.

Se a empresa já existe, tente destacá-la de outras empresas que já estejam no mercado. Acrescente valor ou dê-lhe um pormenor diferente. Fazer mais do mesmo aumenta as suas probabilidades de fracassar. Afinal de contas, as outras startups já estão no mercado há mais tempo e essa vantagem é enorme.

Se o produto ou serviço que quer criar não existe no mercado, necessita de tentar perceber porquê ainda não existe. Será útil? Resolve algum problema? Normalmente, as ideias de maior sucesso são aquelas que resolvem um problema pessoal do empresário.

Por exemplo, o Twitter resultou de um problema interno que a empresa tinha. Adaptar a uma dificuldade sua ajuda-o a perceber melhor as futuras necessidades dos clientes. Agora, é verificar se essa sua dificuldade pode ser comercializada ou não.

É rentável? “Uma empresa que não seja rentável, não é uma empresa. É um hobbie”. O principal objectivo de um empresário é criar lucro. Logo, empresas não rentáveis apresentam problemas.

Esta frase representa bem o pensamento que deve ter quando cria um negócio. Por mais útil que ele possa ser à sociedade, é necessário tentar perceber até que ponto você pode ganhar dinheiro com isso.

O Twitter, por exemplo, ainda não se pode considerar um negócio lucrativo, visto que o seu dinheiro provém maioritariamente de investidores. No entanto, existe a possibilidade de ele vir a trazer o retorno investido pelos empresários. É importante encontrar este equilíbrio. Se não rende agora, pode vir a ser lucrativo no futuro?

Ou será que não existe a mínima possibilidade de isso acontecer? São questões para reflectir.

Outro dos pontos que deve ter em atenção é se esse seu produto pode ter interesses secundários. O melhor exemplo disso são os jornais. Grande parte das publicações não é lucrativa, mas ajuda a que sejam atingidos outros objectivos, quer seja sociais, pessoais ou políticos. Por isso, existem empresários dispostos a perder fortunas mensalmente, mas que acabam por ter os benefícios em outras áreas.

Como conseguir financiamento?

Um dos principais problemas, o acesso ao dinheiro e o mais barato possível.

Existem ideias que podem arrancar com um orçamento mais curto, como os blogues. Contudo, existem projectos que exigem um esforço financeiro maior, quer seja pelos custos do produto ou de colaboradores.

Para colmatar essa dificuldade inicial, existem algumas possibilidades:

Financiamento bancário: não é muito positivo começar uma empresa sabendo que todos os meses tem que pagar ao banco. O negócio pode ter algumas dificuldades em conseguir clientes e com isso colocá-lo numa situação complicada. Se tiver que pedir dinheiro emprestado, tente fazê-lo com alguma antecipação, de modo a poder negociar mais facilmente com a instituição.

Capital de risco: Esta opção tem como objectivo fugir à opção bancária. O capital de risco tem como meta principal a participação temporária ou minoritária no capital da empresa, de modo a apoiar o investimento inicial.

Business Angels: São grupos constituídos, maioritariamente, por antigos empresários, que querem investir algum dinheiro na empresa porque acreditam no projecto. Mais tarde, acabam por se retirar da empresa conseguindo ganhando dinheiro com a sua valorização.

Ajuda do Estado: existem iniciativas do Estado para ajudar financeiramente as pequenas empresas. O único ponto negativo é que o projecto irá, sempre, concorrer com um grande número de candidatos, dificultando a sua aceitação.

Quais são os passos a dar:

Depois de saber quanto irá gastar ou se está preparado para o negócio é importante definir bem quais vão ser os seus primeiros passos. Como vai conseguir clientes ou como irá sobreviver caso não consiga o volume inicial de negócio que pretendia, são questões que devem estar na sua cabeça meses antes de abrir as portas para receber os interessados.

Esta atitude não lhe dá garantias de que tudo vá acontecer do modo como espera, mas ajuda-o a diminuir a probabilidade de ser surpreendido.

Ficam aqui alguns pontos para analisar com cuidado:

- Gestão de colaboradores. Quantos vai precisar ou se alguns podem ser contratados em regime de freelancing

-Em que instalações vai trabalhar

-Se será capaz de realizar todas as tarefas (tesouraria, marketing, etc) ou se precisará da ajuda de terceiros

-Pode começar em casa ou necessita mesmo de um escritório

-Daqui a quanto tempo quer lançar um produto novo

-Quais são os parceiros que o podem ajudar a alavancar o negócio

-Dentro de quantos meses ou anos pretende ter todas as despesas pagas e começar a gerar maior lucro

-O que mudou desde o início do projecto até esta fase.

Função social

Não é obrigatório que um negócio tenha uma função social, mas as grandes empresas têm sempre essa preocupação. Isto porque um negócio não deve, por norma, ter apenas o objectivo de gerar dinheiro, mas também de ajudar o meio que o envolve.

Esta é uma forma de você agradecer ao mundo que o rodeia o facto de estar a ter sucesso. Além disso, pode também funcionar como uma forma interessante de fazer publicidade e passar uma imagem positiva aos seus clientes. Descubra o valor social que a sua empresa pode ter e tire proveito disso.

Defina o preço

Definir o preço de um modo correto para o seu produto ou serviço é uma das formas de você diminuir a probabilidade de fracassar. É claro que nos podemos basear na concorrência, mas isso dificilmente nos trará uma imagem clara daquilo que o nosso trabalho deve valer.

O que aconselho a fazer é que utilize o Mark Up. Esta técnica não é mais do que saber o seu facturamento médio mensal, juntar todas as suas despesas possíveis e calcular consoante o seu preço de hora.

Faça uma análise SWOT

Para ter uma visão mais clara daquilo que pode ser o seu negócio, aconselho que faça uma análise SWOT.

Com esta análise terá uma noção clara das suas limitações, dos seus pontos fortes e como deve lidar com a sua concorrência. Quando se tem um negócio é importante saber o que tem para oferecer aos seus clientes, de modo a evidenciar o que tem de melhor, mas também para saber os seus pontos fracos, para poder tentar disfarça-los. Para perceber um pouco mais, aconselho que dê uma leitura no nosso artigo sobre a análise SWOT para o seu negócio.

Tenha um plano de marketing consistente

Se há coisa que não pode faltar num projecto, é um plano de marketing. Por mais insignificante que ele seja ou que o investimento seja reduzido, as pessoas necessitam de saber que você existe. Uma simples campanha no Facebook ou na rede já pode ajudar. Basta ter este pensamento:

“Se você não investe, porque os seus clientes deveriam investir em você?”.

Mesmo que você tenha um blog, é necessário dá-lo a conhecer. Mais tarde, não adiante reclamar que o tempo que você investiu foi em vão!

O que pretende para o futuro do seu negócio?

Sei que ainda está no começo, mas é importante onde você quer estar nos próximos anos. Ter essas metas na cabeça pode condicionar a sua forma de pensar hoje. Imagine que pretende ser o melhor vendedor de pipocas. Será que fazer um simples serviço vai ser suficiente? Que valor terá de acrescentar ao mercado? Até nos negócios mais simples, os pormenores contam.

Todos estes passos são fundamentais para você criar o seu próprio negócio. Como viu, existe um grande número de cuidados que deve ter. Não é necessário todos seguirem esta ordem, mas garante que todos os pontos analisados devem fazer parte da sua preparação.

E eles devem ser feitos caso seja um blogueiro, freelancer ou dono de uma startup.

Todo o cuidado é pouco quando o assunto é investir o nosso tempo e os nossos sonhos.

Luís Freitas - Sociedade de Contabilidade e Gestão, Lda (Grupo Dupliconta)

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