Madeira

“Graçolas” de Albuquerque motivam reparo de Edgar Silva

Foto Joana Sousa/ASPRESS
Foto Joana Sousa/ASPRESS

Edgar Silva considera que Miguel Albuquerque é caso único no contexto parlamentar, já que “responde com graçolas e anedotas a perguntas concretas dos deputados”.

“Não me vai ditar o que devo dizer!. Isto não é a duma da União Soviética”, referiu o líder do Governo, garantindo que não se deixa intimidar pelo “esganiçanço” do deputado comunista.

Também não se conteve com alegados “berros” de Victor de Freitas ou com as duplicidades dos pluralistas que até directores de jornais quiseram demitir.

Miguel Albuquerque tem um registo que suscita reparos. Quando Sílvia Vasconcelos Vasconcelos lamentou que na Madeira os museus estejam fechados aos domingo e feriados, o presidente observa: “A Quinta das Cruzes está aberta ao domingo. Já foi ao Museu das Cruzes ao domingo? Devia ir”. E os outros?

Mesmo assim, foi elogiado. Raquel Coelho, que lhe atribui o cognome ‘sem obra feita’, louvou o facto de ter sido Miguel Albuquerque a ter dado contributo relevante para o debate político no Parlamento ser mediatizado.

Pena é que nem todos tirem proveito da divulgação mediática. Invariavelmente o debate pende para apartes inconsequentes e questões municipais, comprovando-se a dificuldade parlamentar em não embarcar nos registos próprios de outros palcos, porque demasiado entretidos com a pré-campanha autárquica. Com desrespeitos intoleráveis num regime democrático adulto. “Agradecia que houvesse silêncio na sala”, pede por vezes Tranquada Gomes.