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Madeira

Abordagem ‘One Health’ deve funcionar como resposta aos contaminantes alimentares

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Foto Helder Santos/ASPRESS

Carlos das Neves defende que a abordagem ‘One Health’ pode responder às questões relacionadas com os contaminantes alimentares. Existem vários desafios a nível global e europeu e a comida é essencial para a saúde, para os animais, é impactada pelo clima, e por isso, representa um papel central a nível mundial.

Está a decorrer no Museu da Eletricidade a 6.ª edição da Conferência Internacional sobre Contaminantes Alimentares (ICFC 2025). O evento é organizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, e em colaboração com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM – Universidade de Aveiro). O tema deste ano é ‘Desafios dos contaminantes emergentes (CEs) e saúde planetária’, com a iniciativa a decorrer até amanhã.

Está a decorrer a sessão ‘One Planet… many contaminants! How can a One Health approach help address these complex challenges?’, com Carlos das Neves, que pertence à Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos.

Carlos das Neves explicou que a abordagem ‘One Health’ é, no fundo, o compromisso de se trabalhar em conjunto em prol da saúde na sociedade. Desde logo, é preciso pensar no conceito de unidade, algo que foi espoletado pela pandemia de covid-19. Além disso, é preciso encontrar espaço para que todos, sem esquecer que todos os profissionais de saúde, das várias áreas, contam.

No caso antimicrobianos, ainda não alcançamos a monitorização que nos possibilite mudar a luta para combater a sua resistência. Resta fazer um trabalho conjunto de partilha de dados. Os microplásticos são outro dos problemas, com a Europa a fazer alguns progressos na redução destes microroganismos, mas sem um impacto significativo. Faltam muitos dados sobre microplásticos e a sua regulamentação. Por fim, o veterinário focou a sua intervenção sobre a Ciguatera, uma toxina que já afectou os peixes que eram pescados ao largo das Selvagens, 2004. Neste caso, num trabalho conjunto foi possível reverter a situação.

No fundo, somos uma Europa, uma saúde e uma equipa. É preciso políticos que sejam pró-activos e que se empenhem na resolução de questões como esta.