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Eleições Autárquicas Madeira

Hugo Marques critica ausência de contratos de programa em Machico

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Hugo Marques, defendeu que a relação entre as autarquias e o Governo Regional deve assentar na cooperação e não na conflitualidade. “O funcionamento deve ser harmonioso. Governo, câmaras municipais e populações precisam de partilhar esforços em prol das comunidades locais”, afirmou no debate da TSF-Madeira.

Apontou como exemplo positivo o cemitério do Porto da Cruz, financiado quase na totalidade pelo Governo Regional. Explicou que o atraso da obra se deveu à falta de projeto apresentado pela Câmara, situação apenas desbloqueada com a intervenção do executivo madeirense.

Marques lembrou que, durante os 12 anos de governação do PSD na autarquia, Machico beneficiou de “inúmeros contratos de programa” que permitiram investimentos estruturantes. Criticou, porém, que no atual ciclo político esses apoios praticamente desapareceram, deixando o concelho para trás face a outros municípios.

Denunciou ainda que várias propostas da Câmara foram recusadas, nomeadamente em caminhos agrícolas e no projeto do cemitério do Porto da Cruz, recordando mesmo uma frase de Alberto João Jardim: “Para o Porto da Cruz não há nada”.

O candidato reconheceu, contudo, que com Miguel Albuquerque houve mudanças: “Melhorou a disponibilidade, melhorou a cooperação”, destacou. Ainda assim, lembrou que a autarquia continua a aguardar a transferência das verbas prometidas para o cemitério, obra que acabou por avançar apenas com fundos municipais.

Para Marques, este deve ser o modelo a consolidar: cooperação institucional e governação inclusiva. “Quando ganho eleições, sou candidato de um partido, mas depois governo para todos. Em Machico nunca pedi cartão de militante a ninguém para resolver os problemas”, concluiu.