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Eleições Autárquicas Madeira

BE propõe acesso pedonal sustentável à Praia do Portinho em Santa Cruz

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Foto ASPRESS

A candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Santa Cruz propôs esta quarta-feira, 24 de Setembro, a criação de um acesso pedonal público à Praia do Portinho, que integra a Reserva Natural do Garajau, "garantindo que o espaço natural único do concelho permaneça ao serviço da população e não entregue à exploração privada".

Em nota emitida, o cabeça-de-lista Diogo Teixeira recorda que, em 2019, chegou a estar entre as intenções do JPP a promoção de investimentos hoteleiros naquela área, manifestando a oposição do Bloco de Esquerda a essa matéria.

O Bloco de Esquerda defende que a Praia do Portinho "deve ser preservada e aberta ao usufruto dos santacruzenses e de todos os madeirenses", criticando que a orla costeira da Madeira esteja a ser "progressivamente ocupada por unidades hoteleiras que, pouco a pouco, vão privatizando o acesso ao mar".

Para o Bloco, é fundamental travar esta lógica em Santa Cruz e afirmar que o Portinho é um bem comum, que deve ser protegido e mantido como espaço público.

Segundo Diogo Teixeira, “a Praia do Portinho é uma das jóias naturais de Santa Cruz e deve ser preservada como tal. A criação de um acesso pedonal permitirá que a população do concelho, bem como todos os madeirenses, possam usufruir da sua tranquilidade e das suas águas límpidas sem comprometer o equilíbrio ambiental do espaço”.

A proposta do Bloco prevê ainda a criação de balneários, chuveiros e serviços de vigilância, assegurando todas as condições de segurança e conforto aos banhistas. A candidatura indica que poderá também existir um pequeno espaço de apoio, como um café, desde que enquadrado na lógica de preservação ambiental e de fruição pública. Para servir este espaço, o Bloco propõe igualmente a criação de um estacionamento público na Travessa da Atalaia, permitindo que a população se desloque até este ponto e, a partir daí, aceda a pé à praia.

A candidatura do Bloco de Esquerda sublinha que a opção por um acesso pedonal e não rodoviário tem um duplo objetivo, nomeadamente proteger a praia da especulação hoteleira e garantir a sua utilização sustentável, evitando a pressão urbanística sobre a orla costeira. A proposta segue a mesma lógica do que acontece na Prainha, no Caniçal, um espaço de acesso pedonal que se manteve protegido da pressão urbanística e que continua a ser um bem comum, preservado para usufruto da população.