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Segundo lugar na Vuelta é "bastante bom" para um João Almeida sem arrependimentos

Foto JAVIER LIZON/EPA
Foto JAVIER LIZON/EPA

João Almeida garante não ter arrependimentos nesta Volta a Espanha em bicicleta, mostrando-se orgulhoso por ser virtualmente segundo na geral final atrás de Jonas Vingegaard, após hoje ter-se sentido no limite durante a 20.ª etapa.

"Foi super difícil, estive no limite durante toda a etapa. Tínhamos de tentar, não tínhamos nada a perder", descreveu o português da UAE Emirates, após cortar a meta no alto da Bola del Mundo.

Depois de a sua equipa ter endurecido o ritmo na subida final, João Almeida foi apenas quinto na 20.ª e penúltima etapa da 80.ª Vuelta, conquistada por Jonas Vingegaard, que cumpriu os 165,6 quilómetros desde Robledo de Chavela em 3:56.23 horas, sendo 22 segundos mais rápido do que o seu 'vice' na geral.

"A ideia era endurecermos a etapa o máximo que conseguíssemos. Infelizmente, tenho estado doente esta semana, as sensações não eram as melhores, mas ainda tentámos e penso que isso é o que importa. [Acabo] sem arrependimentos, fizemos o que pudemos. Parabéns ao Jonas, ele foi superforte", afirmou o português, em declarações à Eurosport.

Aos 28 anos, o dinamarquês da Visma-Lease a Bike prepara-se para conquistar a sua terceira grande Volta, à frente de Almeida, que é segundo, a 1.16 minutos, com o britânico Thomas Pidcock (Q36.5) a fechar o pódio da geral, a 3.11 minutos.

"Foi uma Vuelta muito dura. Terminamos no segundo lugar, penso que podemos estar satisfeitos. É um orgulho poder fechar em segundo uma Volta a Espanha, ainda mais atrás do Jonas Vingegaard. Acho que é bastante bom", resumiu, em declarações difundidas pela sua assessoria de imprensa.

No domingo, a última etapa da 80.ª edição da Vuelta consagrará como vencedor o bicampeão do Tour (2022 e 2023), no final dos 111,6 quilómetros entre Alalpardo e Madrid, numa jornada em que Almeida igualará o melhor resultado de sempre de um português na Vuelta, replicando o segundo lugar alcançado por Joaquim Agostinho na edição de 1974.

"Acreditei [que podia destronar Vingegaard] até ao final. Mas no último quilómetro, quando o Jonas atacou, senti que não conseguia segui-lo e que ele estava mais forte", assumiu, confessando que a sua ideia para hoje era atacar, mas não teve pernas.

Terceiro no Giro2023 e quarto no Tour2024, na Vuelta2022 e no Giro2020, o ciclista de A-dos-Francos vai alcançar o seu melhor resultado numa grande Volta no domingo, apesar de esta semana não se ter sentido no seu melhor.

"Tenho estado doente. São circunstâncias que acontecem, temos de lidar o que temos. Mesmo assim demos o nosso melhor e podemos estar orgulhosos", reiterou, agradecendo o apoio que recebeu durante esta Volta a Espanha.

Questionado sobre se 'desperdiçou' a chance de estrear-se a vencer uma grande Volta, Almeida recordou que "todas as corridas são uma oportunidade".

"É uma de muitas [de ganhar uma grande Volta]. Criaremos outras no futuro", rematou com a sua habitual descontração.

A 80.ª Volta a Espanha arrancou em 23 de agosto em Turim (Itália) e termina no domingo, em Madrid.