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Madeira

Confiança acusa Câmara do Funchal de perder 15 milhões para a habitação

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Miguel Silva Gouveia acusa o executivo da Câmara do Funchal de ter perdido o acesso a mais de 15 milhões de euros de financiamento doIHRU (Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana)que estaria garantido para investir em habitação no concelho e diz não compreender o aumento de um milhão de euros em apenas quatro meses no concurso para a empreitada de construção do Bairro da Ponte, em Santo António.

Na reunião da Câmara Municipal do Funchal desta quinta-feira, Miguel Silva Gouveia, vereador eleito pela Coligação Confiança, destacou a votação da reabertura de um processo da construção da empreitada do Bairro da Ponte, em Santo António.

Nomeadamente “23 fogos e que depois de termos aberto este mesmo processo em Junho, por 4,5 milhões de euros, volta à Câmara para ser aberto por mais de 1 milhão”, explicou.

O processo para a construção das 23 habitações está previsto ter a duração de 25 meses, mais de dois anos, “quando num primeiro concurso houve uma proposta válida dentro do valor base e que esse mesmo concurso foi revogado e anulado”, penalizando os funchalenses em tempo e dinheiro.

O vereador afirma não se saber o porquê de “no fim de um mandato, onde deveriam ter sido construídas 170 habitações ao abrigo da Estratégia Local de Habitação e do protocolo com o IHRU, praticamente nenhuma foi construída na segunda fase e perdeu-se o acesso a 15 milhões de euros”.

Explica, também, que a Coligação absteve-se face a esse mesmo concurso pois entende que a primeira fase deveria ter sido aprovada, não se justificando o aumento de 1 milhão de euros em 4 meses.

Após a votação da suspensão de novos alojamentos locais, Miguel Silva Gouveia, refere ainda que “vimos recentemente cerca de 25 apartamentos cuja licença de novos alojamentos foram atribuídas esta semana.”

Na nota de imprensa enviada pela Coligação Confiança, é comunicado que o executivo justificou-se dizendo que ainda há diversos de Alojamento Local por despachar, contudo não partilha quantos deram entrada.

O líder da Coligação Confiança acusa o executivo de “brincar com os funchalenses” e reforça que dois anos será tarde demais para travar a emergência habitacional com que a cidade do Funchal se depara.