Marcelo reafirma a memória e expressa gratidão a Sá Carneiro e Amaro da Costa
O Presidente da República evocou hoje Sá Carneiro e Amaro da Costa, passados 45 da sua morte na queda de um avião sobre Camarate, e defendeu que é preciso "reafirmar a memória e a gratidão".
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa recorda que "foi há 45 anos que Camarate ceifou as vidas de Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e seus acompanhantes".
"Levado o caso a tribunal, por iniciativa de muitos portugueses, entendeu este que não havia provas suficientes nem para concluir por crime, nem para concluir por acidente, apesar de inúmeras comissões parlamentares de inquérito na Assembleia da República terem concluído no primeiro sentido", refere.
O chefe de Estado, que anteriormente já expressou frustração por não ter havido "uma decisão jurisdicional com mais sedimentada base probatória" sobre este caso, defende que, "45 anos volvidos, o que importa agora, porém, é reafirmar a memória e a gratidão".
"A memória de dois fundadores da nossa democracia, dos primeiros a deixarem-nos. A gratidão pelo traço indelével que as suas vidas marcou na construção da liberdade, da democracia, da integração europeia, da génese da comunidade de países de língua oficial portuguesa", acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Em 04 de dezembro de 1980 o avião Cessna em que seguiam para o Porto o então primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, despenhou-se em Camarate, ao norte de Lisboa.
Foram também vítimas da queda desse avião, entre tripulação e restante comitiva, Snu Abecassis, Manuela Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa.