Dormidas cresceram 5,1% em Novembro na Madeira
Mercado nacional foi o que mais aumentou nos primeiros 11 meses deste ano: 36,5%. Proveitos do alojamento turístico cresceram bem acima da média do país
As dormidas no alojamento turístico na Região Autónoma da Madeira (RAM) tiveram um crescimento homólogo de 5,1% em Novembro, segundo os dados hoje publicados pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM).
Foram registadas entradas de 174,9 mil hóspedes, os quais geraram 928,7 mil dormidas, traduzindo variações homólogas positivas de 5,9% e 5,1%, respectivamente. O segmento da hotelaria concentrou 69,7% das dormidas de Novembro (646,9 mil), crescendo 1,5% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (28,1% do total) e o turismo no espaço rural (2,3% do total) subiram 15,3% e 3,5%, pela mesma ordem.
Para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico registaram um crescimento de 1,1% relativamente a novembro de 2024, variação ligeiramente superior à verificada a nível nacional (+1,0%)" DREM
Entre as 9 regiões NUTS II, os maiores aumentos no número das dormidas registaram-se no Alentejo (+4,9%) e no Algarve (+3,5%). Em sentido contrário, a Região Autónoma dos Açores e o Centro apresentaram decréscimos de 5,1% e 4,6%, respectivamente. A RAM ocupou a quarta posição nas regiões com maior crescimento (+1,1%).
A taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região foi de 63,4% em Novembro, +0,4 pontos percentuais (p.p.) face ao observado no mês homólogo (63,0%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 73,2% (74,0% em igual mês de 2024).
Quanto à estada média no conjunto do alojamento turístico fixou-se em 4,75 noites (4,67 em Novembro de 2024). Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,85 noites) e no alojamento local (4,60 noites), seguidos pelo turismo no espaço rural, que apresenta a estada média mais baixa, com 3,81 noites, refere a DREM.
Perto de 12 milhões de dormidas entre Janeiro e Novembro
Nos primeiros onze meses de 2025, os hóspedes entrados no total do alojamento turístico da Região totalizaram 2 284,8 mil, o que representa um crescimento de 9,7% face ao período homólogo. Também as dormidas registaram um aumento de 8,9% em comparação com o mesmo período de 2024, ultrapassando os 11,9 milhões.
De realçar que os 10 principais mercados emissores representavam 80,3% do total das dormidas registadas em Novembro de 2025. Destacaram-se, com um peso superior, Alemanha (23,7% do total; +5,6% que em igual mês de 2024), o Reino Unido (17,4%; -0,9%) e Portugal (15,7%; +11,7%). Na quarta posição, em termos de peso relativo no total de dormidas, encontrava-se o mercado polaco (7,2%; +2,2%), seguido pelo mercado holandês (4,2%; +23,2%), contabiliza a DREM.
Mercado alemão a subir e o britânico a descer
Em termos acumulados, de Janeiro a Novembro, os dois principais mercados emissores internacionais registaram variações homólogas nas dormidas em sentidos opostos: o mercado alemão registou um aumento de 0,9%, enquanto o mercado britânico apresentou uma quebra de 1,2%. Já o mercado de residentes em Portugal, segundo principal mercado neste período, registou uma variação homóloga positiva mais significativa para o referido período, com um crescimento de 36,5%.
Proveitos bem acima do país
Relativamente aos proveitos totais e os proveitos de aposento, registaram crescimentos homólogos de 10,6% e 11,2%, respectivamente, fixando-se, pela mesma ordem, em 60,5 milhões de euros e 42,4 milhões de euros. No total do País, no mesmo mês, os proveitos totais também registaram uma variação homóloga positiva, mas de menor intensidade (+2,1%), tal como os proveitos de aposento, que evidenciaram um crescimento de 1,6%.
Em termos acumulados, as variações dos proveitos, na Região, foram de +18,3% e +19,7%, respectivamente, totalizando, de Janeiro a Novembro, os 833,1 milhões de euros, no caso dos proveitos totais, e os 601,1 milhões de euros, no que se refere aos proveitos de aposento.
Quanto ao rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), rondou os 78,13 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +10,4% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o rendimento médio por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 95,65 euros, em Novembro de 2024, para 106,75 euros, em Novembro de 2025 (+11,6% de variação homóloga).
Nos primeiros 11 meses do ano, "o RevPAR no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) situou-se nos 99,62 euros, representando um aumento de 17,5% face ao período homólogo". No sector da hotelaria, o RevPAR foi de 106,82 euros, correspondendo a uma subida de 17,8%. Quanto ao ADR, os valores foram superiores, fixando-se nos 125,26 euros no conjunto do alojamento turístico (+14,9% em relação ao período homólogo) e nos 129,07 euros na hotelaria (+14,9%).