"Rescindi com o Marítimo e aleguei que tinha receio de aterrar na Madeira"
Antigo médio revelou que a curiosa justificação para a saída do emblema verde-rubro acompanhou-o ao longo da carreira
O antigo médio Tiago Pereira, que vestiu a camisola do Marítimo nas temporadas de 1995/96 e 1996/97, partilhou uma história insólita sobre a sua saída do clube madeirense.
Em conversa com o podcast 'Ponto Final', do site Zerozero, o ex-jogador, agora com 50 anos, confessou que rescindiu o contrato por justa causa devido a salários em atraso, mas que uma das justificações apresentadas foi o receio de aterrar no Aeroporto da Madeira.
Tinha receio de aterrar, porque na altura a pista era curta. Não era propriamente medo de andar de avião, mas sim de aterrar na Madeira. Não era fácil, nem ainda hoje é Tiago Pereira, ex-jogador de futebol
Apesar da decisão, o antigo médio admitiu que a saída não foi simples, sobretudo pelo carinho que recebeu do clube e dos adeptos durante as duas épocas, onde realizou um total de 38 jogos. "Não foi fácil para mim. Era muito acarinhado pelos associados do Marítimo, fiz muitas amizades na Madeira, mas compreendo a parte deles", frisou.
Porém, a justificação para o término do contrato tornou-se um tema recorrente na vida de Tiago Pereira, acompanhando-o especialmente nos jogos diante de equipas madeirenses.
"Mais tarde, quando voltei a jogar lá [como adversário] era um ambiente pesado (...) ouvia sempre da bancada: 'Oh Tiago, ainda tens medo de andar de avião?' ou 'Oh Tiago, vieste a nado?'. A história do avião durou anos. Acabei a minha carreira no Trofense e, quando ia jogar com clubes do Campeonato de Portugal, na bancada ainda comentavam isso", recordou.