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Madeira

“Esta é a obra dos três mandatos”

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O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, José António Garcês, não hesitou em classificar a requalificação da frente-mar de São Vicente como “a obra [dos três] mandatos”. Uma intervenção há muito esperada, que o autarca descreve como “complexa, estruturante e simbólica” para o concelho.

“Há mais de 30 anos que se falava nesta obra e finalmente ela está concluída. É, sem dúvida, a grande obra do mandato, e diria mesmo dos três mandatos”, sublinha. O projecto incluiu a construção de uma muralha de proteção marítima ao longo de toda a frente-mar, a criação de zonas de estacionamento, alargamento de passeios e explanadas, e a implantação de uma área de mobilidade partilhada, que, segundo Garcês, “vem garantir mais segurança e conforto a todos os que circulam naquela zona”.

A requalificação integra ainda campos de padel, um parque e ginásio ao ar livre, a reabilitação dos balneários e de um polo desportivo, transformando por completo a vivência junto ao mar. “Esta frente-mar é hoje uma zona segura, aprazível, moderna e com condições para o lazer, o desporto e o convívio”, destaca o presidente.

Garcês sublinha o duplo valor da obra, referindo-se à protecção marítima e regeneração urbana, e realçou o impacto positivo na dinâmica económica local. “Durante todo o processo tivemos o cuidado de não prejudicar o comércio existente. Nenhum negócio fechou portas, mesmo com a obra em curso”, frisa, valorizando a colaboração da empresa construtora e a gestão cuidada dos trabalhos.

Sobre a data de inauguração, o autarca é claro: “A data foi a possível. A obra sofreu atrasos devido ao mau tempo, à dificuldade de fornecimento de materiais por causa da guerra e às próprias condicionantes do mar. Quando se fala em proximidade de eleições, convém lembrar que esta obra está concluída e que o atual presidente não é candidato. Foi ele que executou o projeto e tem todo o direito de o inaugurar”.

O edil recorda ainda o longo percurso burocrático que antecedeu a execução: “Andamos quase nove anos entre estudos geológicos, hidromorfológicos, de impacto e de estabilidade da escarpa. Foi um processo técnico e administrativo muito exigente”.

Para Garcês, o resultado justifica a espera: “São Vicente faz parte da orla marítima da Madeira e também merece ter proteção costeira, zonas verdes e infraestruturas de qualidade. Esta é uma obra que protege, valoriza e orgulha o concelho. É a concretização de um sonho antigo e um marco na história de São Vicente”.