Dormidas turísticas até Setembro já fazem de 2025 o terceiro melhor ano
Pelo sexto mês consecutivo as dormidas nos alojamentos turísticos ultrapassam um milhão, totalizando 9,8 milhões desde Janeiro. Melhor só os anos completos de 2024 e 2023
O alojamento turístico na Região Autónoma da Madeira continua a registar máximos históricos, fazendo com que 2025 se mantenha no ritmo de vir a ser o melhor ano de sempre em praticamente todos os indicadores, mas sobretudo nas dormidas em que com 9,8 milhões já é o terceiro melhor ano, atrás apenas de 2024 e 2023, mas também nos proveitos que já ultrapassam os 690 milhões de euros, 500 milhões dos foram proveitos de aposento.
Os dados divulgados hoje pelo INE e pela DREM revelam que o sector registou, no mês de Setembro de 2025, "a entrada de 228,6 mil hóspedes, os quais geraram 1.187,7 mil dormidas" - ultrapassando um milhão pelo sexto mês consecutivo - e "traduzindo variações homólogas positivas de 10,2% e 8,2%, respetivamente. O segmento da hotelaria concentrou 65,9% das dormidas de setembro de 2025 (782,5 mil), crescendo 2,3% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (31,8% do total) e o turismo no espaço rural (2,3% do total) subiram 23,2% e 4,8%, pela mesma ordem", salienta a Direção Regional de Estatística da Madeira.
Para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, diz a DREM, "é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico registaram um crescimento de 2,3% relativamente a setembro de 2024, variação superior à verificada a nível nacional (+0,7%)", revelando o peso importante e cada vez mais relevante dos AL neste sector.
"Em setembro de 2025, entre as nove regiões NUTS II, os maiores aumentos homólogos de dormidas registaram-se no Alentejo (+8,0%) e na Península de Setúbal (+3,6%). Por outro lado, o Centro, o Algarve e a Região Autónoma dos Açores registaram decréscimos (-2,4%, -2,2% e -1,5%, respetivamente)", ficando a Madeira sensivelmente a meio da tabela.
Quanto à "taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região, no mês em referência, foi de 74,7%, +0,4 pontos percentuais (p.p.) face ao observado no mês homólogo (74,3%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 85,8% (85,2% em setembro de 2024)", refere. Nesse mês, "a estada média no conjunto do alojamento turístico fixou-se em 4,67 noites (4,72 noites em setembro de 2024). Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,79 noites) e no alojamento local (4,53 noites), seguidos pelo turismo no espaço local, que apresenta a estada média mais baixa, com 3,55 noites", acrescenta.
Quanto ao acumulado dos primeiros nove meses de 2025, "os hóspedes entrados no total do alojamento turístico da Região totalizaram 1.878,3 mil, o que representa um crescimento de 9,7% face ao período homólogo. Também as dormidas registaram um aumento de 8,8% em comparação com o mesmo período de 2024, ultrapassando os 9,8 milhões", ficando apenas atrás de 2024 (quase 11,8 milhões) e 2023 (quase 11 milhões).
"De realçar que os 10 principais mercados emissores representaram 83,0% do total das dormidas registadas em setembro de 2025. Destacaram-se, com um peso superior, Portugal (19,2% do total; +44,9% que em setembro de 2024), a Alemanha (18,6%; -1,9%) e o Reino Unido (16,7%; -4,8%). Na quarta posição, em termos de peso relativo no total de dormidas, encontrava-se o mercado francês (7,3%; +0,6%), seguido pelo mercado polaco (6,7%; +16,0%)", sinaliza. Já "em termos acumulados, de janeiro a setembro de 2025, os dois principais mercados emissores internacionais registaram variações homólogas nas dormidas em sentidos opostos: o mercado alemão registou um aumento de 0,2%, enquanto o mercado britânico apresentou uma quebra de 1,9%. O mercado de residentes em Portugal, segundo principal mercado neste período, registou a variação homóloga positiva mais significativa para o referido período, com um crescimento de 40,3%", garante.
Quanto ao dinheiro arrecadado, em Setembro de 2025, "os proveitos totais e os proveitos de aposento registaram crescimentos homólogos de 16,7% e 19,0%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, em 89,5 milhões de euros e 65,7 milhões de euros. No total do País, no mesmo mês, os proveitos totais também registaram uma variação homóloga positiva (+5,6%), tal como os proveitos de aposento, que evidenciaram um crescimento de 5,8%", aponta.
No acumulado, como referido, as variações dos proveitos, na Região, "foram de +19,1% e +20,4%, respetivamente, totalizando, de janeiro a setembro de 2025, os 690,5 milhões de euros, no caso dos proveitos totais, e os 500,1 milhões de euros, no que se refere aos proveitos de aposento".
Indica ainda que "no mês de setembro de 2025, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) rondou os 118,64 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +16,4% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o rendimento médio por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 119,57€, em setembro de 2024, para 138,27€, em setembro de 2025 (+15,6% de variação homóloga)".
Já de Janeiro a Setembro de 2025, "o RevPAR no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) situou-se nos 101,66 euros, representando um aumento de 18,2% face ao período homólogo. No sector da hotelaria, o RevPAR foi de 109,05 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 18,7%. Quanto ao ADR, os valores foram superiores, fixando-se nos 127,36 euros no conjunto do alojamento turístico (+15,3% em relação ao período homólogo) e nos 131,43 euros na hotelaria (+15,3%)", conclui a DREM.