José Manuel Rodrigues aposta na "humanização da economia" para "reduzir conflitos e tensões sociais"
O secretário regional de Economia participa, a partir deste domingo e até terça-feira, no Encontro Internacional pela Paz, que decorre em Roma, onde são esperadas cerca de 4 mil pessoas para um debate universal em torno das estratégias para uma sociedade harmoniosa e sem armas.
“É uma enorme honra ser orador neste Encontro Internacional da Paz”, referiu José Manuel Rodrigues na sua chegada à capital italiana. Esta cimeira mundial é organizada pela “Comunidade de Sant’Egidio, ligada à Igreja Católica, e que esteve na génese dos Acordos de Paz de Moçambique, mediou o cessar-fogo noutros conflitos e tem uma presença relevante na ajuda humanitária, como está a acontecer agora na Ucrânia. Reúne líderes religiosos, culturais e políticos de todos os continentes”, começou por enquadrar o governante madeirense, que pelo terceiro ano consecutivo profere uma comunicação, a convite da Comunidade Sant’Egidio, integrada no Fórum “Por uma economia mais humana”.
“Precisamos de humanizar a economia, de um melhor equilíbrio nos poderes dos agentes do mercado de trabalho e numa mais justa repartição dos rendimentos para que a pobreza e a injustiça social não sejam fonte de conflitos e de guerras”, defendeu o governante.
O secretário regional da Economia entende que a “doutrina social da igreja já nos indica os caminhos para atingir essa justa redistribuição da riqueza criada e para a criação de verdadeira economia social de mercado”, no entanto reafirma “que só há verdadeiro crescimento económico quando a riqueza que é gerada chegar a todos e representar uma melhoria na vida das pessoas”.
“A globalização é um facto positivo e tem permitido tirar milhões de pessoas da miséria, mas é preciso estar atento e agir perante novos fenómenos, como a imigração e a revolução tecnológica, que podem acentuar as desigualdades entre povos e nações”.
A sessão de abertura do Encontro Internacional pela Paz, acontece pelas 17 horas deste domingo, no auditório Parco della Musica, em Roma. “O facto de ser aberto pelo Presidente da República de Itália, Sérgio Mattarella, e encerrado pelo Papa Leão XIV atesta a sua importância e relevância, num momento em que grassam tantos conflitos no mundo, que muitas vezes têm na sua génese e essência questões económicas”, rematou.