Preços das casas na Madeira baixam pelo 2.º trimestre consecutivo
Depois de terem atingido um pico de valor por metro quadrado no 4.º trimestre de 2024, os preços das casa na Região Autónoma da Madeira baixaram no 2.º trimestre pelo segundo período de três meses consecutivo, sendo que no 1.º trimestre deste ano tinham diminuído para 2.518 euros/m2 e agora entre Abril e Junho diminuíram para 2.381 euros/m2. Assim, o tecto máximo histórico continua a ser entre Outubro e Dezembro do ano passado, fixado em 2.895 euros/m2.
Os dados foram divulgados esta manhã pelo INE, que diz que "no 2.º trimestre de 2025, o preço mediano dos 41.608 alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 2.065 €/m2, na sequência de uma taxa de variação de 19,0% em relação ao 2.º trimestre de 2024 (18,7% no trimestre anterior)", sendo que em Portugal "o número de transações de alojamentos familiares em Portugal aumentou 15,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O preço mediano da habitação aumentou, em relação ao período homólogo de 2024, nas 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se o Baixo Alentejo com o maior crescimento (38,7%)". Apesar da quebra trimestral de 5,4%, em termos homólogos, os preços das casas na Madeira apresentam um aumento de 14,5%.
"As sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Península de Setúbal, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)", realça o INE. "Nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano (€/m2) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em 61,9% e 29,0%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional".
Além da quebra trimestral nos preços, também o número de transacções verificadas diminuiu de forma drástica, passando de 1.244 imóveis vendidos no 4.º trimestre de 2024, para 849 no 1.º trimestre de 2025 e, agora, para 749 no 2.º trimestre do ano. Regista-se, por isso a quebra homóloga no número de vendas de 11,2% face ao 2.º trimestre de 2024 e de -8,8% face ao 1.º trimestre deste ano. Desde o máximo nos últimos meses de 2024 até este último registo, há uma diminuição de quase 40%.
"No 2.º trimestre de 2025, os preços da habitação aceleraram em 19 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (em 16, no 1.º trimestre de 2025), tendo os municípios de Vila Nova de Gaia (+13,4 p.p.), Coimbra (+12,7 p.p.) e da Amadora (+10,9 p.p.) apresentado os maiores acréscimos" e a "maior diminuição na taxa de variação homóloga ocorreu no município de Cascais (-6,6 p.p.)", refere o INE. "Os municípios de Lisboa e do Porto registaram acréscimos de 4,2 p.p. e 4,9 p.p. nas taxas de variação homólogas do 1.º para o 2.º trimestre de 2025. Os municípios de Lisboa (4 865 €/m2), Cascais (4 346 €/m2), Oeiras (4 161 €/m2), Porto (3 309 €/m2), Odivelas (3 219 €/m2) e Almada (3 101 €/m2) apresentaram os preços da habitação mais elevados"", conclui.
Neste particular, Funchal continua no topo, sendo o 4.º concelho mais caro para comprar casa, com valores de 2.928 euros/m2, igual ao do 1.º trimestre de 2025, mas bem abaixo dos 3.693 euros/m2 do 4.º trimestre de 2024. Em termos homólogos, a capital madeirense apresenta preços 7,2% acima do que eram comprados há um ano e, como referido, idênticos ao trimestre anterior. É notória a diminuição considerável do número de vendas no Funchal, que baixou de 369 para 263 no espaço de um trimestre, uma quebra de 28,7%, sendo que face ao mesmo período em 2024, a quebra é de 34,1%.