PS enaltece "personalidade incontornável" que deixa legado de independência
O PS manifestou hoje profundo pesar pela morte de Francisco Pinto Balsemão, "personalidade incontornável da democracia portuguesa" que honrou "o valor do debate democrático e da convivência entre diferenças" e deixa um legado "de independência".
Numa nota de pesar enviada à agência Lusa, o PS enfatiza que "Balsemão deixa um legado de independência, sentido de serviço público e defesa intransigente da liberdade de imprensa".
"O Partido Socialista manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Francisco Pinto Balsemão, personalidade incontornável da democracia portuguesa, cuja vida foi marcada pelo compromisso com a liberdade, o pluralismo e o Estado de Direito", enaltece.
Para o partido liderado por José Luís Carneiro, o antigo primeiro-ministro "soube sempre honrar o valor do debate democrático e da convivência entre diferenças, princípios fundamentais da vida democrática que partilhou com o Partido Socialista nas grandes etapas da construção de Portugal livre e europeu".
"O Partido Socialista presta homenagem a uma vida dedicada à causa pública e à democracia", elogia.
Os socialistas recordam o "jornalista, fundador do Expresso e do Grupo Impresa, deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, primeiro-ministro em tempos exigentes da consolidação democrática e fundador do PPD/PSD".
"A toda a sua família, amigos e colaboradores, o Partido Socialista expressa as mais sentidas condolências", refere.
O militante do número um do PSD Francisco Pinto Balsemão morreu hoje, confirmou à Lusa fonte oficial do partido.
A notícia da morte do antigo primeiro-ministro foi transmitida pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, durante o Conselho Nacional do partido, sendo audíveis aplausos na sala.
Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1980 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.