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Eleições Autárquicas Madeira

PS perde vereador em Câmara de Lobos

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Nilson Jardim assume derrota. Resultados apontam para 5-1-1 para PSD, CH e JPP respectivamente

O Partido Socialista em Câmara de Lobos acabou de assumir a derrota nestas eleições autárquicas, embora os votos ainda estejam longe da contagem final, já é certa a perda do vereador na Câmara Municipal de Câmara de Lobos. Nilson Jardim assume a responsabilidade pela perda de votos e de mandato. “Foi um pouco menos, significa que a nossa mensagem não foi o suficientemente forte e a mais adequada para aquilo que os câmara-lobenses queriam e pretendiam”, reagiu. Os números são provisórios, apontam para 5 mandatos para o PSD, um para o Chega e um para o Juntos Pelo Povo.

O candidato do PS a presidente da Câmara e vereador sem pelouro no mandato que agora acaba revelou que há uma queda “bastante significativa” que os fará “pensar internamente”. Garante que mesmo sem a presença na Câmara vão estar presentes nos restantes órgãos de assembleia, em todas as freguesias, “com um papel interventivo e fazendo uma oposição pela positiva”, comprometeu-se.

Em resposta à questão sobre se os mais resultados não seriam também fruto do mau momento do PS-Madeira, foi claro e negou: “Aqui Paulo Cafôfo não está, é a minha cara que está aqui com a dos meus companheiros de partido”, apontou para a imagem em fundo com os elementos candidatos. “Nós tínhamos a impressão que tínhamos trabalhado tão bem e que tínhamos feito as coisas pela positiva mas, pelos vistos, não estamos em altura de fazer as coisas pelo bem e pela positiva”, disse, com pesar. “Nós temos que olhar para nós, Partido Socialista de Câmara de Lobos. Se a coisa funcionou menos bem, é comigo. Não vou sacudir a aguinha do meu capote. A água que está em cima do meu capote assumo-a eu”.

Nilson Jardim estava na sede do PS em Câmara de Lobos apenas com o Carlos Gonçalves, candidato a presidente da Assembleia Municipal. O resto da comitiva era aguardada mais tarde. “Nós não estamos sós, estamos bem acompanhados”, garantiu. Sobre se vai continuar na política activa, vai ponderar. “Os tempos actuais não são propícios para o PS”, analisou, referindo-se ao crescimento da direita e da extrema-direita, do radicalismo. “Parece-me que a sociedade está a virar tendencialmente à direita. E quem está a pôr as pessoas da direita no poder são as pessoas que mais precisam do Partido Socialista. Portanto, neste momento não consigo lhe dizer nada, o que é que vai ser o meu futuro. Sei que amanhã vou dar aulas, é isso que eu sei”, finalizou.