E, se não houvesse o 25 de Abril?

Devemos perguntar: onde estavas, se não houvesse o 25 de Abril? Teria, como milhares de jovens, ido para as Colónias defender interesses de meia dúzia de abastados, usurpando território que há muito reclamava - justa independência!

Muitos, muitos regressaram com sequelas, nomeadamente stress pós- traumático, obnubilados, estropiados e dentro dum caixão!

Não foi só a irreversibilidade da morte dos mancebos (10 000 militares falecidos) foi a insanidade mental perene, como sucedeu ao meu tio, no Hospício do Telhal. (20 000 inválidos). Os exemplos são mais que muitos...

Por dever teremos que homenagear os progressistas militares, os movimentos de libertação das ex-Colónias, a luta do sindicalismo e o Povo, que foram dos elos mais decisivos para o êxito do dia mais inteiro, mais limpo e mais radioso da nossa História - o 25 de Abril!

Vítor Colaço Santos