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Suécia torna-se membro da Aliança após Hungria concluir formalidades

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A Suécia tornou-se hoje oficialmente o 32º membro da NATO, depois de cumpridas todas as formalidades para a sua integração na organização militar, com a Hungria a depositar o protocolo de adesão em Washington.

O embaixador da Hungria nos Estados Unidos entregou hoje ao Departamento de Estado em Washington os documentos oficiais de ratificação da adesão da Suécia à NATO, recentemente aprovada pelo parlamento húngaro, permitindo ao governo sueco apresentar ao chefe da diplomacia norte-americana o instrumento de acesso.

"Hoje dei instruções ao embaixador da nossa pátria em Washington para entregar o documento de ratificação, tendo a Hungria cumprido todas as suas tarefas para a adesão da Suécia à NATO", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, deslocaram-se a Washington na quarta-feira para depositar o protocolo de adesão à NATO junto do Departamento de Estado.

O Departamento de Estado confirmou, após o passo da Hungria, seguido do protocolo do país candidato, neste caso a Suécia, que "as condições para a entrada em vigor" da adesão da Suécia à NATO estavam "preenchidas".

Depois de os membros da NATO ratificarem os protocolos de adesão, os documentos devem ser enviados para os Estados Unidos, onde são depositados no Departamento de Estado. O país candidato só se torna membro da NATO quando Washington tiver os documentos de todos os aliados da NATO.

Após esta etapa, que integra formalmente a Suécia como 32.º aliado da NATO, a cerimónia de hastear da bandeira sueca, a forma tradicional como os aliados acolhem os novos membros, está prevista para segunda-feira na sede da NATO em Bruxelas.

A Suécia junta-se aos seus vizinhos finlandeses, que aderiram à NATO em abril do ano passado, depois de ambos terem apresentado os seus pedidos de adesão em maio de 2022, poucos meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ao fazê-lo, os dois países abandonaram a neutralidade militar de longa data, que era uma marca da política externa dos Estados nórdicos ao longo dos últimos dois séculos, em resposta direta à crescente ameaça que Moscovo representa para o panorama da segurança internacional, na sequência do seu ataque à Ucrânia.

Termina assim o que deveria ser um processo "expresso", mas que acabou por demorar 22 meses devido às reticências da Turquia e da Hungria.

Budapeste foi o último membro da Aliança Atlântica a ratificar a adesão do país nórdico, depois de a ter bloqueado durante meses devido às posições suecas críticas em relação à deriva antidemocrática do país da Europa Central, que Budapeste descreve como "injusta". O parlamento húngaro aprovou a ratificação da adesão a 26 de fevereiro.

Ulf Kristersson é convidado de honra do Presidente norte-americano, durante o discurso do Estado da Nação, que Joe Biden profere hoje perante o Congresso dos EUA, em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado.