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Seis mortos à passagem de ciclone pelo norte de Madagáscar

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Foto Getty Images

Seis pessoas morreram e mais de 2.600 outras foram afetadas pelo ciclone Gamane, que atingiu o extremo norte de Madagáscar hoje de manhã, anunciou o Gabinete Nacional de Gestão de Riscos e Catástrofes.

Mais 1.000 pessoas já tinham sido afetadas durante a semana pelas fortes chuvas, disse a mesma fonte, e o número de mortos poderá aumentar.

Gamane foi transformado em forte tempestade tropical ao fim da tarde e deverá deixar a ilha do oceano Índico na sexta-feira à tarde, segundo as previsões meteorológicas.

Terça-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique alertou para os efeitos sobre o seu território da tempestade tropical severa a nordeste de Madagáscar, com a ocorrência de chuvas moderadas a fortes no centro e norte do país.

"A tempestade tropical severa Gamane move-se para o sul da bacia e tem potencial para evoluir ao estágio de um ciclone tropical nas próximas horas. A sua interação com a zona de convergência intertropical continua a influenciar o estado do tempo com chuvas moderadas localmente fortes nas zonas centro e norte do país", afirmou o instituto em comunicado.

Uma característica particular deste ciclone foi o facto de a sua trajetória não ter sido confirmada até ao último momento.

Até 12 horas antes da sua chegada à ilha, as previsões apontavam para uma simples passagem ao largo e, devido à sua velocidade de deslocação ser muito lenta, a sua ação destrutiva fica mais concentrada.

O sistema de baixa pressão deveria "passar ao lado da costa nordeste de Madagáscar, mas trata-se de um fenómeno natural e houve uma mudança de trajetória", declarou à AFP o general Elack Andriakaja, diretor-geral do Gabinete Nacional.

"É raro haver um ciclone como este. O seu movimento é quase estacionário. Quando o sistema está parado num local, destrói todas as infraestruturas. E isso tem consequências graves para a população. E grandes inundações", porque a chuva misturou-se com o vento, acrescentou.

Imagens impressionantes mostravam torrentes a atravessar aldeias, pessoas a arrastarem-se por ruas com água até à cintura e aldeões a formarem correntes humanas para saírem das suas casas.

Várias estradas e pontes ficaram inundadas e cortadas.