Um júri federal acabou na quinta-feira o julgamento de seis ex-policias brancos do Estado do Mississippi, sentenciando-os a penas entre 10 e 40 anos de prisão.

Estes ex-polícias declararam-se culpados de entrarem em uma casa sem mandado e aí terem torturado dois homens negros, durante uma hora, em que lhes bateram, usaram armas paralisantes e agrediram com instrumentos sexuais, antes de uma das vítimas ser atingida a tiro na boca.

O juiz Tom Lee classificou as ações dos acusados como "chocantes e desprezíveis" e deu sentenças próximas do máximo a cinco dos seis acusados, que atacaram Michael Corey Jenkins e Eddie Terrell Parker em janeiro de 2023.

O caso suscitou a condenação dos principais responsáveis pela justiça nos EUA, incluindo o procurador-geral Merrick Garland.

Nos seus detalhes horríveis, os residentes locais viram ecos da história de atrocidades racistas no Mississippi praticadas por pessoas investidas de autoridade.

A diferença desta vez é que os que abusaram do seu poder vão pagar um preço elevado pelos seus crimes, acentuaram os advogados das vítimas.