A Biofábrica da Camacha procedeu à sua primeira largada de mosca da fruta esterilizada em 1997. Na edição de 18 de Março, o DIÁRIO dava conta de que estes insectos tinham sido largados na Serra de Água.

O momento acompanhado pelo nosso matutino tratou-se de um “acto simbólico”, uma vez que foram libertados 6 mil dos cerca de 250 mil insectos que foram libertados em vários pontos da ilha. O que os distinguia dos demais era a cor laranja na cabeça, algo que tinha sido possível ‘criar’ graças à colocação de um pó fluorescente no casulo.

Uma vez que a mosca criada na biofábrica apresentava esta cor, era possível perceber a sua dispersão pelo habitat. "Vimos hoje (ontem) que elas começaram por ficar relativamente concentradas, mas estavam vivas e bem", explicava ao DIÁRIO Rui Pereira, técnico desta fábrica.

O objectivo da libertação destes insectos era de que combatessem as pragas da fruta, para diminuição dos níveis de infestação.

“Inicia-se uma luta biológica e concretiza-se um sonho para a agricultura da Madeira e mesmo de Portugal, já que este é o único projecto deste tipo que existe na Europa", considerava Bazenga Marques, que na época era secretário regional de Agricultura, Florestas e Pescas.