O Partido Socialista da Madeira foi recebido, esta manhã, em audiência pelo Representante da República para a Madeira, na sequência do pedido de demissão do XIV Governo Regional. Foi o penúltimo partido a ser ouvido por Ireneu Barreto.

À saída, o líder dos socialistas madeirenses, Paulo Cafôfo, insistiu, como tem vindo a fazer desde que 'rebentou' a crise política na Madeira, na necessidade de eleições antecipadas, para que os partidos no poder não possam continuar com "os favorecimentos" e a "promiscuidade".

Disse rejeitar a "chantagem política" que se assiste e garantiu que a Madeira não vai parar com um governo de gestão.

"Aliás, o único responsável por não termos um orçamento é o próprio PPD/PSD, que não quis que este orçamento, como desejaria o senhor Presidente da República, fosse aprovado antes da efectivação da demissão de Miguel Albuquerque enquanto presidente do governo. Não o quiseram. E portanto não é justo que agora queiram lançar o pânico perante as pessoas porque a verdade é esta", assumiu.

Quando questionado sobre a sua candidatura às Legislativas Nacionais e também o anúncio à liderança do Governo Regional, num cenário de eleições antecipadas, o presidente dos socialistas madeirenses disse que o timing inesperado da crise política exige respostas. A prioridade, garantiu, é os interesses da Madeira e do Porto Santo.