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Investigação Judicial Madeira

Chega-Madeira rejeita "qualquer cenário que não eleições antecipadas"

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“Um violento e inaceitável ataque ao Estado de Direito e às normas constitucionais e estatutárias” é como o Chega-Madeira classifica a hipótese de formação de um novo Governo Regional, com base na coligação parlamentar PSD/CDS, na sequência do pedido de demissão de Miguel Albuquerque. 

Esta hipótese está "longe de reunir a concordância" do partido, que rejeita assim "qualquer cenário que não eleições antecipadas".

"Rejeitando compactuar com este tipo de ideias, a liderança do Chega-Madeira não só insiste que não irá retirar a moção de censura que já apresentou no parlamento da Madeira, como também expressa total indisponibilidade para participar em quaisquer acordos ou entendimentos parlamentares que preconizem a continuidade no poder da coligação PSD/CDS/PAN além de 24 de Março", refere o partido em comunicado de imprensa.

Falando dos Açores, onde está a participar na campanha para as legislativas naquele arquipélago, Miguel Castro (citado na mesma nota) sublinha que o Chega não vai “estender linhas de vida ao governo desgastado e corrompido que o PSD lidera", pois considera que o mesmo "não reúne qualquer legitimidade política, nem capacidade ética, para governar a Região".

"Aliás, não há argumento válido que sustente a continuidade no poder de um governo e de um partido que empobreceu os madeirenses à custa de enriquecer os governantes e as empresas amigas do regime. Por isso, nem contem connosco para esse tipo de arranjinhos palacianos porque os mesmos revoltam-nos!, vinca o presidente do Chega-Madeira.

Miguel Castro reforça também que "o PSD, CDS e PAN não têm qualquer capital político para desenhar uma solução política nas costas do eleitorado”, algo que, a seu ver, apenas demostra “covardia e um enorme medo de ir a eleições”.

“O PSD, CDS e PAN não querem ir a eleições porque sabem muito bem o desdém e o desprezo com que têm tratado a Causa Pública. Pensaram, e mal, que tinham quatro anos para fazer os jogos do costume, enriquecer a si próprios e dar rendimento aos amigos. Porém, agora, vão ter que responder perante as pessoas pela pouca-vergonha que se abateu sobre a Madeira e que projecta para o país a ideia errada de que a Região é um antro de negociatas e de corrupção. Os partidos da coligação têm de ser chamados à responsabilidade e de explicar à população o que se andou a passar debaixo dos seus narizes e com a sua concordância. Se têm medo do que se vai passar nas eleições, então esse já é um problema seu”, insiste.

A concluir, Miguel Castro deixa uma crítica especial ao PAN, convidando o partindo a "repensar a postura pública que tem tido quanto ao Chega".

“Ainda há poucos dias, a representante local do PAN dizia que não podíamos ir a eleições porque a extrema-direita está a crescer. O Chega não é extrema-direita, mas, caso ela se estivesse ingenuamente a referir a nós, era bom que percebesse que o problema para a democracia não é o Chega, mas a corrupção que se instalou na Madeira, alguma dela com o conhecimento e bênção do próprio PAN”, atirou.