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Falta falar e reconhecer o bom que se fez…

O meu intuito não é esconder rigorosamente nada até porque é do conhecimento de todos.

É assumir que se deixa à justiça o que é da justiça, que não se contribui para a condenação de seja quem for na praça pública – até porque nesse caso, entre notícias e comentários verdadeiros e falsos, os que mais sofrem são os mais indefesos: filhos, muitos deles menores de idade, e pais – e que, a pretexto de protagonismos e ajustes de contas, não se pode agudizar o problema sob pena de se dispersar a atenção e os recursos.

É assumir que há que valorizar o que de bom foi feito pelo PSD na Madeira e Porto Santo.

É imperativo fazê-lo pois se o PSD Madeira liderado pelo Senhor Dr. Alberto João Jardim mudou a Região de forma radical dando à sua população condições ímpares ao nosso dia a dia tais como o acesso ao saneamento básico: água potável, gestão de água pluvial, coleta e tratamento de esgotos e de resíduos, o acesso generalizado à eletricidade, a criação de caminhos, veredas, estradas e vias rápidas, e a construção de outras infraestruturas como as de saúde, educação e de acessibilidade externa como portos e aeroportos.

Mas os resultados com impacto da governação do PSD Madeira continuaram a partir de 2015 com a entrada do Senhor Dr. Miguel Albuquerque e a sua equipa. Exatamente a mesma equipa que perante uma adversidade sem histórico e, por isso, sem aprendizagem acumulada, liderou com coragem a Região durante a pandemia e, trabalhando dia e noite nos sete dias da semana, pôs ao dispor da população e empresas diversos instrumentos para minimizar o impacto associado à ameaça na saúde pública – um sistema de saúde pequeno e isolado tem riscos muito superiores a outros que dispõem de continuidade territorial e assim de encaminhamento rápido e de alternativas de socorro – bem como à paragem repentina do setor económico.

Foram medidas atempadas de limitação à entrada e saída de pessoas das ilhas, foram programas de isolamento, reduções cuidadas da circulação de pessoas, apoios financeiros às empresas, aos trabalhadores, inclusive aos independentes que tinham regime de trabalho mais vulnerável, programas de testagem, de vacinação e de certificação que até “rendeu” reconhecimento internacional, etc.

E isto tudo feito com a responsabilidade exclusiva da Região Autónoma da Madeira através do seu Governo, dado que o Estado nem se dignou responder positivamente ao pedido de emissão de garantia ao empréstimo que a Região teria, e face às condições excepcionais, de contrair. E fê-lo, mesmo com custos superiores evitáveis.

Mas os resultados positivos da liderança do PSD Madeira não se limitam à gestão governamental até à pandemia. E para ver isso é só (querer) consultar as contas disponíveis no sítio da internet da Direção Regional de Estatística da Madeira.

Num comparativo entre 2015 e 2022, e mesmo com efeito intercalar da pandemia, em contas regionais, pode-se constatar que o Produto Interno Bruto (PIB), ie, a riqueza regional aumentou 1.707 milhões de euros, tendo terminado 2022 com mais de 6 mil milhões, um resultado ímpar.

Se formos à riqueza individual, ie, ao PIB por pessoa, em 2015 era de 16,7 mil de euros e em 2022 de 23,7 mil euros o que leva a que em 2015 estivéssemos abaixo da média nacional (96,5) e em 2022 nos encontrássemos acima da mesma com um indicador de 100,6.

Em relação à média dos 27 países da UE, e com os mesmos anos de referência, a nossa riqueza individual passou de 74,8 para 79,2. Assim, pese embora com dificuldades para superar, a Região está mesmo mais rica e mais desenvolvida. É indiscutível e é suportado pelo decréscimo registado na taxa de risco de pobreza que, entre 2017 e 2022, reduz-se em 2,7 pontos percentuais.

Estes resultados são sustentados pelas diversas atividades desenvolvidas na Região.

No vinho Madeira em 2023, comercializou-se menos 2,5% de litros, mas a receita cresceu 1,2% o que representou um acréscimo de remuneração por litro vendido ascendendo a um total de 21,2 milhões de euros.

A venda de banana em 2023 registou um aumento de 10,8%, representando 25,2 mil toneladas e o volume mais elevado desde 1999.

A venda de alojamentos familiares cifrou-se em 2022 em 841 milhões de euros – o que corresponde a 4.142 unidades – e em 2015 os registos indicam comparativamente 278 milhões e 1.918 produtos.

No turismo, os indicadores de 2023, tanto no número de hóspedes como de dormidas, superam qualquer registo anterior, e situam-se nos mais de 2 milhões (aumento de 17,8%) e quase 11 milhões (acréscimo de 13,6%) respetivamente. Em outubro de 2023, o rendimento por quarto disponível (RevPAR) na RAM fixou-se nos 75,18€, o que reflete uma subida de 20,2% face ao mês homólogo.

Por tudo o que foi referido, e com toda a humildade há que assumir que nem tudo correu bem, mas também há que falar e reconhecer o bom que se fez ao longo dos últimos quase 50 anos em benefício de todos Madeirenses e Portossantenses sem exceção.

Assim, é preciso continuar a dar força a quem nos conseguiu dar condições para estarmos e vivermos melhor, a quem defendeu acérrimamente a nossa Autonomia em todos os planos e palcos e a quem teve a força e a coragem necessárias para tomar as decisões certas nos momentos certos.