DNOTICIAS.PT
Mundo

Rússia exige reunião do Conselho de Segurança sobre ataques contra Iraque e Síria

None
Foto X/ Twitter

A Rússia exigiu hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os ataques desencadeados pelos Estados Unidos contra a Síria e o Iraque.

"Acabámos de solicitar a realização de uma sessão urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre a ameaça à paz e à segurança criada pelos ataques americanos na Síria e no Iraque", informou, através das redes sociais, o representante de Moscovo junto da organização internacional, Dmitri Polianski.

A Rússia já havia condenado os bombardeamentos dos Estados Unidos às instalações ligadas à Guarda Revolucionária do Irão e a grupos pró-iranianos no Iraque e na Síria.

Na noite de sexta-feira, os Estados Unidos lançaram uma série de ataques contra 85 alegadas posições de milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque, em retaliação pela morte, no fim de semana passado, de três soldados norte-americanos na fronteira entre a Síria e a Jordânia.

Segundo o balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização não-governamental com sede em Londres, pelo menos 23 pessoas morreram nos ataques contra alvos na Síria.

No Iraque, segundo o Governo do país, 16 pessoas morreram nos ataques.

De acordo com um comunicado do Comando Central do Exército dos Estados Unidos (CENTCOM), os ataques "foram direcionados especificamente contra 85 alvos pertencentes à Força Quds, que integra a Guarda Revolucionária iraniana, e às suas milícias afiliadas".

O exército norte-americano utilizou "mais de 125 munições de precisão" que atingiram centros de comando e controlo de operações, centros de informação, foguetes e mísseis, instalações de abastecimento e logística de munições, entre outros alvos.

A operação foi "um sucesso", declarou a Casa Branca, que voltou a deixar claro que não quer entrar em "guerra" com o Irão.

A Síria, o Iraque e o Irão já condenaram os ataques realizados pelos Estados Unidos.

Cerca de 900 soldados norte-americanos estão destacados na Síria e 2.500 no Iraque, como parte de uma coligação internacional criada para combater o Estado Islâmico, quando este controlava áreas inteiras do território sírio e iraquiano.

A derrota do grupo fundamentalista e terrorista foi declarada no Iraque em 2017 e na Síria em 2019, mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células terroristas que continuam a realizar ataques.

Desde meados de outubro, mais de 165 ataques com 'drones' e foguetes tiveram como alvo as forças norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria, com as primeiras mortes a registarem-se no ataque perpetrado a 28 de janeiro na Jordânia.