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Boa Noite

Implacáveis

Os mentirosos compulsivos e os delinquentes da boataria até podem ter imunidade por agora, mas um dia vão ter que prestar contas

Boa noite!

 A ‘Visão’ de hoje conta que actuais e antigos militantes do Chega confessam que o partido “tem utilizado as redes sociais para espalhar fake news e desinformação”. E que tal prática “é uma estratégia política”, a mesma que partilha denúncias de uma alegada fraude eleitoral a ser congeminada para 10 de Março, por sinal, partilhadas por candidatos do partido e que a CNE já estará a investigar.

No ‘Fact Check’ do DIÁRIO de hoje desmontamos uma mentira proferida pelo socialista Avelino da Conceição que em plena sessão plenária na Assembleia Legislativa da Madeira acusou um partido de "contratar uma jornalista" para "investigar" e "denegrir" políticos. Uma acusação grave, mas sem provas, logo com intuitos reprováveis, em mais uma manobra destinada a arrastar para a lama a idoneidade da classe que tem pacto com a verdade e mais incompatibilidades a observar do que os tachistas da política.

Não é a primeira vez que este deputado é apanhado a mentir sobre jornais e jornalistas e uma vez até foi obrigado a penitenciar-se no hemiciclo. Esperemos que volte a pedir desculpas e pela última vez, pois até entre o seus não colhe simpatias. Aliás, apuramos junto grupo parlamentar socialista que em causa não está nenhuma jornalista mas, sim, alguém que trabalha para uma empresa de assessoria política. Um parlamentar incapaz de ler cábulas e de distinguir o essencial do acessório nunca devia ter sido colocado numa lista de candidatos. Mas é o que temos, mediocridade a que, com distinta lata, adiciona aquele ar de coitadinho embrulhado no lamento “na política não vale tudo", típico de quem não tem escrúpulos.

O Polígrafo apanhou todos os dias destacados políticos a mentir nos debates eleitorais,  mas também barbaridades dos que sonham com um lugar no Parlamento. Nas duas horas que a RTP deu aos candidatos dos dez partidos sem representação parlamentar, “houve tempo para tudo: negar as alterações climáticas, apelidar de "civil" a guerra na Ucrânia, falar dos "puns das vacas" e defender o fim de todos - sim, todos - os impostos”, sendo que das mesas altas saíram teorias, conspirações e muitas mentiras”.

Importa ser implacável com esta e muito outra gente, - que abunda em todas as tribos partidárias, mesmo nas que exibem pseudo superioridade intelectual -, que vende ilusões e produz disparates, que promete o impossível e faz da calúnia o ‘soundbite’. No jornalismo, mas também na justiça. Políticos que, ao abrigo da imunidade e de outros direitos acrescidos garantidos pelos eleitores, insultam, semeiam ódio e faltam à verdade, não perdem pela demora. Para já, exige-se que sejam honestos e rigorosos. Depois, logo se verá.