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Pedro Nuno elogia Costa, não comenta justiça e vê partido unido

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ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, elogiou hoje o primeiro-ministro, António Costa, rejeitou comentar casos judiciais e destacou a "grande capacidade de se unir" que tem o partido.

Pedro Nuno Santos chegou ao 24.º Congresso Nacional do PS, que começa hoje, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), minutos depois de António Costa, altura em que rejeitou comentar uma notícia hoje publicada pelo "Observador" segundo a qual António Costa é suspeito da prática do crime de prevaricação no âmbito da Operação Influencer.

"Os casos judiciais não são discutidos politicamente como devem imaginar. Nós temos que ser muito disciplinados na defesa dos princípios básicos do estado de direito, independência do poder judicial e presunção de inocência", respondeu Pedro Nuno Santos.

O recém-eleito líder socialista deixou ainda elogios a António Costa, dizendo que o partido "tem muito orgulho" no seu trabalho.

"Não nos aflige nada, muito pelo contrário, temos orgulho em todo o trabalho que fez", disse.

Questionado sobre se conta com António Costa todos os dias na campanha para as legislativas, Pedro Nuno Santos respondeu, num tom bem disposto: "Todas as horas, todos os minutos".

Quando entrou no recinto, Pedro Nuno Santos foi recebido por José Luís Carneiro e Daniel Adrião, os dois socialistas com quem disputou as diretas socialistas em dezembro.

Dizendo que o PS está focado em ganhar as eleições legislativas antecipadas de 10 de março, Pedro Nuno Santos realçou a união do partido.

"O PS é um partido com uma grande capacidade de se unir, de trabalhar em conjunto, de trabalhar naquilo que é essencial. As disputas internas valorizam e enriquecem o partido e foi isso que aconteceu nesta última campanha. Foi muito importante para fortalecer o PS", defendeu.

Quando entrou no pavilhão, onde os congressistas o esperavam, Pedro Nuno Santos cumprimentou vários socialistas e deu um forte abraço a António Costa.

Uma notícia publicada hoje pelo "Observador" refere que António Costa é suspeito de alegada prática de crime de prevaricação pela aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros de 19 de outubro -- um diploma que terá beneficiado ao objetivo da empresa Start Campus no sentido de instalar um centro de dados em Sines.